Por William Mansque

No ar como a vilã Mariane, em Espelho da Vida, Kéfera Buchmann protagoniza o filme Eu Sou Mais Eu, que chegou ontem aos cinemas. Com direção de Pedro Amorim, a comédia conta também com nomes como João Côrtes, Giovana Lancellotti e Felipe Titto no elenco.

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Estrela projetada pelo YouTube, Kéfera vive, no longa, Camila, uma cantora popstar arrogante que volta a 2004, quando tinha 16 anos, era mais introspectiva e vítima de bullying na escola. Em entrevista, a atriz falou sobre Eu Sou Mais Eu e sua adaptação à TV.

Eu Sou Mais Eu parece ser uma comédia direcionada ao público adolescente. Para você, o filme tem algum público alvo?

Creio que não. Acho que é justamente sobre isso, gerar identificação de várias pessoas. Principalmente para a gente, que já passou da adolescência, uma pena, né? (risos). Nós acabamos nos identificando por ter vivido essa fase nos anos 2000. Toda a galera que passou por isso, do jogo da cobrinha, de ir à locadora, de ter discman, de não ter a tecnologia que temos hoje, vai se identificar. Por isso falo que não tem um público específico, pois o filme toca muito em todo mundo, desde a galera que não viveu o ano de 2004 e é adolescente hoje, e para uma galera mais velha.

Se você pudesse voltar a viver ali a sua adolescência, como no filme, o que você faria de diferente?

Nada. Se eu tivesse a consciência de que faria este filme, acho que passaria por tudo de novo. Foi uma época muito cruel. Estudei nove anos em um colégio que foi bem complicado nessa questão. Eu chorava todos os dias. Não queria ir mais para a escola, odiava muito estar ali porque as pessoas eram muito cruéis com assuntos ligados a cor, a cabelo, a usar óculos, a questão do meu jeito, da minha personalidade, tudo era motivo para tirar sarro. Como sei que muitas pessoas passam por isso e que meu alcance acaba tendo relevância na vida das pessoas que me acompanham, é muito importante para elas ouvirem essa mensagem e ajudar a passarem por essa fase.

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Como foi sua adaptação ao formato da novela? Teve dificuldades com ritmo de gravações ou já entrou voando?

Graças a Deus foi tudo bem. É realmente mais puxado e demanda bastante da gente. É como um relacionamento porque é uma obra aberta que dura meses, você não sabe como sua personagem termina e vai se surpreendendo com os capítulos. Não teve nenhuma grande dificuldade. Lógico que existem cenas mais densas ou difíceis, mas sempre chego com o texto decorado para não me surpreender com nada.

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