O presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Santa Catarina (FCDL/SC), Sérgio Medeiros, afirma que tem recebido muitas reclamações dos lojistas, principalmente da região de São José, Joinville e do Sul do Estado, pelos constantes assaltos e falta de segurança no varejo.
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– Temos tido reclamações em praticamente todo o Estado e de diversos setores como postos de gasolina e relojoarias – afirma.
A rede Berlanda, por exemplo, teve um prejuízo de R$ 200 mil em pouco menos de três meses devido a assaltos e arrombamentos em lojas em Santa Catarina.
O presidente da rede, Nilso Berlanda, cogita fechar a unidade de São José, na Grande Florianópolis, e que sofreu quatro ocorrências no período, sendo um assalto e três arrombamentos que totalizam um prejuízo de R$ 80 mil. A unidade foi inaugurada em abril deste ano.
– É difícil suportar a situação. Registramos todas as ocorrências, mas não temos segurança – lamenta Berlanda.
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A maioria das ocorrências da rede acontece nas lojas do litoral – além das quatro em São José, houve outras em Itajaí, Canelinha, Piçarras e mais duas na região Oeste. Os assaltos geralmente são praticados no horário do almoço, quando há menos funcionários nas lojas. Diante disso, Berlanda estuda a possibilidade de fechar as lojas neste horário, além de instalar câmeras de segurança.
Os produtos mais visados são celulares, computadores, máquinas fotográficas e TVs de telas menores.
Para Medeiros, o possível fechamento da unidade da Berlanda em São José afeta o consumidor, que fica com menos opções de compra, e prejudica a geração de empregos.
– O empresário fica muito desanimado com essa situação. Além disso, muitos desistem de empreender pela falta de segurança – avalia.