A Polícia Militar está restringindo o acesso de pessoas à Avenida Paulista, onde ocorre manifestação contra o governo Dilma Rousseff. A justificativa é a de que há excesso de pessoas no local e, por isso, está sendo priorizada a segurança dos manifestantes.

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As pessoas que seguem nas ruas paralelas e transversais com destino à Av. Paulista estão sendo barradas. Algumas saídas de estações do metrô foram fechadas. Funcionários bloqueiam a entrada da estação Paulista, da Linha 4 (Amarela), e liberam aos poucos a entrada dos manifestantes que tentam voltar para casa.

O movimento Vem Pra Rua anunciou por volta das 16h estimativa de que 2,5 milhões de manifestantes participam de ato contra o governo. Por volta das 18h40min, a PM divulgou a estimativa de que seriam 1,4 milhão de pessoas na Paulista. O Datafolha anunciou que foi o maior protesto da história de São Paulo, com 450 mil pessoas (levantamento parcial, das 16h). A assessoria de Comunicação Social da PM informou que, a priori, não divulgará informações sobre o número de participantes.

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Por volta das 10h, chegaram na Paulista os primeiros caminhões de som dos grupos que organizam o protesto contra o governo. A maior parte das pessoas vestia verde e amarelo ou carregava a bandeira nacional. Dois bonecos infláveis gigantes, um representando Dilma e outro o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em roupas de presidiário, foram instalados no centro da avenida. Nos acessos à via, ambulantes vendem réplicas do boneco e bandeiras do Brasil.

Veja imagens do protesto em São Paulo:

A Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) levou um pato inflável gigante, parte da campanha contra o aumento de impostos chamada “Não vou Pagar o Pato”,  e está distribuindo balões amarelos como protesto contra a alta carga tributária.

O empresário Aloísio Fábio de Oliveira, 37 anos, disse que uma das principais razões para estar no protesto é a indignação contra a corrupção. 

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— Vim porque acho que precisa acabar com essa roubalheira. Ensinar para a minha família o que é civismo. Ver se a gente consegue mudar alguma coisa nesse país, que está difícil, bem difícil — ressaltou.

Foto: MIGUEL SCHINCARIOL / AFP

No entanto, Oliveira não está certo de que a saída da presidente vá, sozinha, ser a solução dos problemas do país. Para ele, é preciso continuar a pressionar o governo, mesmo que haja o impeachment.

— A ideia é mostrar para os governantes, é mostrar que, se ela (Dilma) vai e não faz bem, nós vamos tirar até alguém que faça bem — acrescentou o empresário, que participa do ato com a esposa e o filho.

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Veja fotos das manifestações em Porto Alegre e no restante do Brasil:

Além dos movimentos que têm organizado os atos contra Dilma, como o Vem pra Rua, Revoltados Online e Movimento Brasil Livre, parlamentares e celebridades devem ir à Paulista.

O DEM montou um comitê no Hotel Maksoud, que fica em uma via paralela à avenida. No fim da tarde, o deputado federal Pauderney Avelino (DEM-AM) e o senador Ronaldo Caiado (DEM-GO), líderes do partido no Congresso, devem conceder entrevista coletiva.

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