O programa Juntos Contra o Melanoma realiza workshops gratuitos de conscientização ministrados por médicos dermatologistas para para profissionais como cabeleireiros, tatuadores e podólogos. A iniciativa é do Grupo Brasileiro de Melanoma.
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O objetivo é demonstrar os principais sinais de alerta da doença e, ao detectá-los, orientar sobre como abordar o assunto adequadamente com os clientes, sem causar pânico. Santa Catarina é o Estado que, proporcionalmente, tem a maior incidência de melanoma no Brasil. No país, são registrados mais de 5 mil novos casos e mais de 1,5 mil mortes a cada ano. A partir desta quinta-feira (1º), Florianópolis sedia a 13º Conferência Brasileira sobre Melanoma.
Em entrevista ao Notícia na Manhã, na CBN Diário, o médico dermatologista Luis Fernando Kopke e a cabeleireira Gizele Gi Quint explicaram a importância da visão multidisciplinar da doença e do diagnóstico precoce.
— Se um amigo, um cabelereiro, fala assim: se eu fosse você, eu ria ao médico… A ação de profissionais como cabelereiros é importantíssima nessa prevenção primária. Não adianta você fazer diagnóstco tardio. Ah, você tinha uma pinta, de repente ela cresce, começa a sangrar… já deveria ter sido diagnóstico há muito tempo — afirmou Kopke.
Gizele atua em salão de beleza há 10 anos, e a partir de 2018 passou, após orientação técnica, a prestar atenção em sinais de alerta que levam a recomendar a ida do cliente ao especialista.
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Ouça a entrevista:
O programa
O Juntos Contra o Melanoma surgiu para estabelecer um círculo virtuoso de combate ao melanoma, o câncer de pele mais agressivo e perigoso. A ação de conscientização é promovida Grupo Brasileiro de Melanoma, uma instituição que reúne 2 mil médicos de diferentes especialidades, em parceria com qualquer empresa ou instituição engajada na luta pelo diagnóstico precoce do câncer no Brasil.
Além da conscientização da população, há ações específicas de conscientização de nichos profissionais que podem exercer um papel muito importante na detecção precoce da doença, tais como cabeleireiros, podólogos e tatuadores. Na sua prática diária, esses profissionais observam constantemente a pele de seus clientes, inclusive áreas de difícil visualização, como couro cabeludo, costas e plantas dos pés. E, nessa situação, podem sugerir uma visita ao médico caso notem um sinal ou lesão suspeita de melanoma, desde que estejam treinados para isso.
Um gesto simples, mas que ajuda a salvar vidas, pois o melanoma tem mais de 90% de chances de cura quando descoberto e tratado em suas fases iniciais.
O grupo realizou um workshop gratuito para profissionais de estética em 31 de julho em Florianópolis. Mais informações podem ser obtidas no site do movimento.
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