Mesmo com queda nos últimos dois meses, Santa Catarina abriu neste ano 33,5 mil vagas de emprego, o terceiro melhor desempenho no Brasil. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e foram divulgados nesta sexta-feira (20). O saldo positivo no primeiro semestre foi puxado pelos setores de indústria de transformação (20,6 mil) e serviços (12,4 mil). Na outra ponta, o comércio teve um recuo de 5,7 mil, seguido pela agropecuária (-2,4 mil).
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Apesar do desempenho positivo no ano, o SC manteve saldo negativo pelo segundo mês consecutivo. Em junho, foram fechadas 4 mil vagas. A indústria da transformação foi a mais afetada, com redução de 2.531 postos de trabalho, seguida pelo comércio (-1.190).
O sul do país foi o mais afetado em junho. Além de Santa Catarina, Paraná fechou 6,6 mil postos de trabalho e o Rio Grande do Sul, 6,5 mil – Estados com os maiores indicadores negativos no período.
Emprego no país
O Brasil encerrou o mês de junho com o fechamento de 661 vagas de emprego com carteira assinada, de acordo com o saldo entre contratações e demissões do Caged. Um ano antes, a economia brasileira havia registrado a abertura (líquida) de 16.702 empregos com carteira assinada.
Junho foi o primeiro mês com queda do emprego formal no ano de 2018. Até poucas semanas atrás, o mercado de trabalho ainda criava vagas. Em abril, o País havia criado 121.146 empregos, mas em maio o número já havia caído expressivamente para 33.659 postos. O último resultado negativo foi registrado em dezembro de 2017, quando o Brasil perdeu 340.087 empregos com carteira assinada.
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O resultado mensal de junho não estava no radar e veio muito pior que o intervalo das estimativas coletadas pelo Projeções Broadcast. Entre as 17 previsões, a expectativa era de um saldo positivo que previa a criação de 12 mil a 68,8 mil postos, com mediana positiva em 35 mil postos de trabalho, sem ajuste sazonal. Não havia previsão de redução do número de empregos.
Resultado positivo no semestre
Apesar do resultado negativo no mês passado, o primeiro semestre do ano terminou com saldo positivo de 392.461 vagas e, nos últimos 12 meses até junho, com 280.093 postos.
O resultado mensal negativo foi puxado pelo comércio, que registrou o fechamento de 20.971 postos, seguido pela indústria da transformação, que perdeu 20.470 empregos com carteira assinada e pela construção civil (-934).
Também foram negativos os resultados dos setores de administração pública (-855) e indústria extrativa mineral (-88). Por outro lado, houve criação de empregos formais nos serviços industriais de utilidade pública (+1.151 postos) e nos serviços (+589 postos).
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