O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, determinou, nesta terça-feira (9), que o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (União Brasil), preso sob suspeita de vazamento de informações sigilosas da Operação Zargun, seja solto provisoriamente. O presidente da Alerj passará a usar tornozeleira eletrônica. As informações são do g1.
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Moraes acatou a decisão dos deputados estaduais do Rio de Janeiro, que votaram para revogar a prisão de Bacellar. Ao todo, foram 42 votos a favor, 21 contra e 2 abstenções.
Medidas cautelares
Com a soltura, Rodrigo Bacellar terá que cumprir medidas cautelares, como o afastamento da presidência da Alerj; uso tornozeleira eletrônica e recolhimento domiciliar noturno, das 19h até 6h; proibição de se comunicar com outros investigados; entrega de passaportes e suspensão de porte de arma de fogo.
Se alguma medida for descumprida, Bacellar terá que pagar uma multa de R$ 50 mil por dia.
Por que Bacellar foi preso
O presidente da Alerj foi preso no dia 3 na Operação Unha e Carne. De acordo com a Polícia Federal, a suspeita é que ele tenha vazado informações sigilosas da Operação Zargun, deflagrada em setembro, em que o então deputado estadual TH Joias foi preso.
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Thiego Raimundo dos Santos Silva, o TH Joias, foi preso por tráfico de drogas, corrupção e lavagem de dinheiro, suspeito de negociar armas para o Comando Vermelho (CV). TH Joias assumiu o mandato em junho, porém deixou de ser deputado após sua prisão.
Quem é TH Jóias?
Thiego Raimundo dos Santos Silva (MDB), conhecido TH Joias, nasceu no Morro do Fubá, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Ele herdou o ofício de joalheiro do pai e começou a vender joias aos 19 anos. Investigações posteriores apontaram que, parte das peças confeccionada por TH em sua trajetória, era com ouro roubado.
O interesse pela política aconteceu ao conhecer o ex-policial Marcos Falcon, presidente da Portela, que disputava uma vaga como vereador na Câmara do Rio de Janeiro. Falcon foi assassinado dias antes da eleição de 2016.
Ele chegou a ser preso entre 2017 e 2018 por suspeita de pagar propina a policiais e vender drogas e armas. Ele ficou 10 meses na cadeia.
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