O Ministério Público de Barcelona recorreu da absolvição do ex-jogador da seleção brasileira Daniel Alves, condenado pelo estupro de uma jovem de 23 anos em uma boate de Barcelona. Ele foi absolvido pelo Tribunal de Justiça da Catalunha depois de ser condenado pelo crime de agressão sexual.
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Veja fotos de Daniel Alves durante o julgamento
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A Promotoria de Barcelona afirma que a anulação “condenou moralmente” a vítima. A defesa da denunciante do caso já tinha apresentado recurso contra a absolvição em abril, o que levou o caso a ser reaberto pela Justiça. Daniel Alves será novamente julgado, desta vez no Tribunal Supremo da Espanha, a instância mais alta da Justiça do país.
Daniel Alves já estava em liberdade provisória desde o ano passado, quando a Justiça catalã aceitou um recurso da defesa do brasileiro. Segundo informações do ge, o motivo da absolvição de Daniel Alves por parte do Tribunal de Justiça da Catalunha é que o depoimento da denunciante foi “insuficiente para sustentar a condenação”, e anulou a sentença contra o brasileiro.
A absolvição de Daniel Alves, mesmo diante de “indícios muito mais do que suficientes” da existência de crime, de acordo com a juíza Anna Marín, teve reações negativas entre mulheres tanto na Espanha quanto no Brasil.
“Indícios muito mais do que suficientes” indicam que houve estupro, segundo juíza
A juíza espanhola Anna Marín, responsável pela condenação e julgamento da acusação de que o jogador brasileiro Daniel Alves estuprou uma jovem de 23 anos, afirmou em documento que há “indícios muito mais do que suficientes” para considerar que houve agressão sexual.
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O episódio de agressão sexual teria acontecido em 30 de dezembro de 2022. De acordo com a imprensa espanhola, a vítima relatou à Justiça que ela e Daniel Alves dançaram juntos na balada, até o momento que, de acordo com o seu depoimento, ele “levou várias vezes a mão dela até seu pênis, que ela retirou assustada”. Um tempo depois, o ex-jogador a convidou para segui-lo até uma porta, que dava para um banheiro.
A mulher foi vista por um segurança da balada chorando e logo relatou ao homem o que havia acontecido. Assim, ele imediatamente ligou para a polícia, que foi até a vítima e interditou o local para a coleta de provas. A mulher foi levada ao hospital de ambulância e, devido à rapidez do exame de corpo de delito, muitos indícios puderam ser coletados.
Ela fez um boletim de ocorrência e, no hospital especializado no atendimento de mulheres vítimas de violência, já foi apresentada a uma advogada para que desse início ao processo contra o brasileiro.
A Polícia da Catalunha encontrou provas de DNA de Daniel Alves em restos de sêmen dentro do corpo da vítima, em suas roupas e no chão do banheiro da boate Sutton.
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Segundo os depoimentos dos amigos de Daniel Alves, o grupo estava reunido desde o meio da tarde no restaurante Taberna del Clínic. No começo da madrugada, foram para o bar Nuba e depois emendaram para a boate Sutton, onde teria acontecido o crime, de acordo com o depoimento do Bruno Brasil, que estava com o ex-atleta durante o dia.
*Lia Capella é estagiária sob a supervisão de Diogo Maçaneiro