As histórias de 11 catarinenses marcantes começam a ser exibidas na tela da NSC TV a partir das 14h deste sábado (13). A série Pequenos Grandes Talentos foi produzida e criada pela Televisão e Cinema (TVi) com o apoio da NSC TV, e retrata os passos desde a infância de nomes que romperam barreiras e preconceitos.
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Com um formato documental, dramaturgo e sem deixar de lado as ilustrações, o material, que apresenta um personagem durante os 28 minutos de cada episódio, ressalta a importância e a contribuição dessas personalidades em suas respectivas áreas de atuação. Além disso, o roteiro mostra como o olhar cuidadoso de um adulto – em cada um dos casos – foi fundamental para definir o caminho que essas crianças seguiram no futuro.
Até o dia 28 de setembro, sempre aos sábados, às 14h, os telespectadores têm a oportunidade de acompanharem as influências, descobertas e trajetória vividas por alguns nomes como Anita Garibaldi, Cruz e Souza, Everaldo "Pato" Teixeira e Santa Paulina. Ao todo, a produção contou com o envolvimento direto de 105 profissionais entre equipe, elenco e figuração.
— Eu tenho a certeza de dizer que o projeto é grandioso e inédito na história da TV aberta em Santa Catarina. Os episódios tiveram um cuidado muito especial na captação, com animação, caracterização, cenário, história, pesquisa. É um projeto bastante ousado. Além de levar conteúdo diferenciado ao público nos sábados à tarde, ele valoriza a produção audiovisual catarinense — diz Anselmo Prada, gerente de programação da NSC Comunicação.
Lançamento ocorreu em Florianópolis
Durante o lançamento que ocorreu na sala de cinema do Centro Integrado de Cultura (CIC), em Florianópolis, na noite de quarta-feira, foram exibidos os três primeiros episódios. Estiveram presentes as equipes que atuaram e produziram o especial, assim como representantes da NSC Comunicação.
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Quase tudo envolvendo a série Pequenos Grandes Talentos tem origem em Santa Catarina, exceto por um detalhe.
— A produção não é 100% catarinense porque eu trouxe o Hugo Picchi de São Paulo que faz o protagonista, que conta essas histórias — conta Laine Milan, diretora e produtora executiva da TVi.
Durante a cerimônia, Picchi comentou como foi participar das gravações e citou o que elas resultaram para ele, além da atuação.
— O programa me fez descobrir mais como brasileiro principalmente (estou bem emocionado). Essa série tem amor, tem cuidado. Ela fala de olhar para o próximo na infância. Eu acho que o trabalho da NSC é desbravador — afirmou.
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Veja como foi a cerimônia:
Quem são os 11 escolhidos como protagonistas
A escolha dos personagens começou a partir de uma lista com 25 nomes catarinenses. Dela, 11 foram selecionados como protagonistas.
— Os critérios foram: em que momento da vida essa pessoa teve esse olhar despertado. Pablo Rossi, por exemplo, tem hoje 30 anos e quando tinha seis, estava em casa desenhando e alguém colocou um panfleto de venda de pianos e ele olhou aquilo, sem saber ler direito e falou "pai é isso que eu quero fazer na vida" — explica a diretora e produtora executiva, Laine Milan.
Quem dá "vida" aos capítulos são: a guerreira Anita Garibaldi, o pianista Pablo Rossi; o frade franciscano e cardeal Paulo Evaristo Arns; o poeta Cruz e Sousa; o cineasta Rogério Sganzerla; o surfista Everaldo "Pato" Teixeira; a jornalista, professora e política Antonieta de Barros; o pintor Willy Zumblick; a sanitarista e pediatra Zilda Arns; o poeta Lindolf Bell e a religiosa canonizada Amabile Lucia Visintainer, mais conhecida como Santa Paulina.
Conforme a produção, o último episódio apresentará um resumo com os principais destaques de cada capítulo do trabalho audiovisual.
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Anita Garibaldi – Episódio 1: Nascida em 1821, em Laguna, no Sul do Estado. Ela é conhecida como a “heroína dos dois mundos”, por ter participado de diversas batalhas, tanto no Brasil como na Itália. Entre 1835 e 1845, lutou na Revolução Farroupilha (RS/SC).
Pablo Rossi – Episódio 2: Natural de São José, se apresentou pela primeira vez como pianista aos seis anos. Fez aulas em Curitiba (PR), foi para a Rússia ser avaliado e gravou o primeiro CD aos 11.
D. Paulo Evaristo Arns – Episódio 3: Veio ao mundo em 14 de setembro de 1921 na cidade de Forquilhinha. Entrou para a escola aos seis anos, aos 12 foi para o seminário e aos 18, em 9 de dezembro de 1939, recebeu o hábito franciscano.
Cruz e Sousa – Episódio 4 : Poeta de Florianópolis, nascido em 24 de novembro de 1861. Filho dos escravos libertos foi criado por um casal e recebeu o nome do santo São João da Cruz.
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Rogério Sganzerla – Episódio 5: Cineasta de Joaçaba e uma criança prodígio. Aos sete anos de idade, lançou um livro de contos, entregando a uma tipografia a missão de reunir textos que anotava em pedaços de papel.
Everaldo “Pato” Teixeira – Episódio 6: Criado em Penha pelo pai e pelos avôs, surfa desde os 15 anos. Na infância, vendia picolé e cachorro-quente na praia. Hoje é um dos principais surfistas de ondas grandes do mundo.
Antonieta De Barros – Episódio 7: Foi jornalista, professora e política. Nasceu em Florianópolis, filha da ex-escrava e lavadeira Catarina de Barros e de pai desconhecido. Fundou sua própria escola e deu aulas para a comunidade carente.
Willy Zumblick – Episódio 8: Pintor que nasceu e morreu em Tubarão sem nunca ter atravessado as fronteiras do Brasil. Ainda assim, foi considerado um dos 100 rotarianos mais importantes da historia mundial.
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Zilda Arns – Episódio 9: A pediatra foi a 12ª da família Arns. Natural de Forquilhinha, ficou reconhecida pela doçura no trato com as pessoas e na vocação humanitária. Tinha um traço “germânico” que lhe dava objetividade e assertividade.
Lindolf Bell – Episódio 10: Natural de Timbó, o poeta era de família festiva e pouco abastada. Ao se formar no segundo grau, foi premiado com uma medalha como o melhor aluno em língua portuguesa.
Santa Paulina – Episódio 11: Amabile Lucia Visintainer nasceu na Itália, mas se estabeleceu no Brasil em 1875. Com demais colonos, foi moradora de Nova Trento. Em outubro de 1991 foi beatificada pelo Papa João Paulo II, em Florianópolis.
Ter o talento conhecido
Na noite de lançamento do projeto, antes da exibição dos três primeiros programas, Pablo Rossi fez um breve pronunciamento para o público que estava presente.
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— A minha história é a história de todo catarinense que se dedica à arte e não mede esforços para conquistar aquilo que vê como meio de vida. Eu vejo isso mais como incentivo aos jovens. É uma oportunidade de mostrar porque a gente só tem um "Pablo". Garanto que temos potencial de ter 10, 15, melhores que o "Pablo", mas a gente precisa justamente disso, de incentivo à cultura. É uma coisa única isso e merece um reconhecimento extremo e incrível a iniciativa da NSC TV de ter abraçado essa ideia — disse o pianista Pablo Rossi.