O frade franciscano e cardeal, natural de Forquilhinha que se construiu religioso ainda criança é o conto que vai ao ar nesse sábado (27), a partir das 14h, na série documental e dramaturga Pequenos Grandes Talentos. O terceiro episódio da produção da TVi em parceria com a NSC TV aborda a história de Dom Paulo Evaristo Arns.

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Um dos principais fatores que o influenciaram a receber, aos 18 anos, o hábito franciscano foi a vontade da mãe, que afirmava que por ela, todos os filhos e filhas seriam padres e freiras. Outra característica materna que fez a diferença para a trajetória de Dom Paulo foi a força.

A simplicidade, generosidade e o amor pelo futebol foram características herdadas do pai, que no começo não aceitava tão abertamente a vocação do filho. Na infância, antes de trabalhar como jornalista, professor e escritor, dividia o tempo entre os estudos, a roça, o cuidado com os animais, o auxilio no comércio da família, as atividades como coroinha e é claro, as brincadeiras.

A índole de Dom Paulo era perceptível nos pequenos atos da infância. Nos momentos das orações em família, o menino se recolhia.

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Personalidade benevolente

Para a roteirista Cristina Gomes, que criou o texto do episódio, o que mais chamou a atenção foi a influência familiar e também do lugar onde ele vivia.

— Todo o entorno, a comunidade e a ideia do coletivo é algo muito forte e presente desde o início. O olhar para o outro está inserido, tanto que o pai e a mãe ajudam vizinhos ou alguém que estava de passagem e isso é muito forte na forma como aquela comunidade se construiu — afirma.

Dom Paulo Evaristo Arns constantemente lembrava-se dos outros. Chegou a vender patrimônio da igreja para doar aos pobres e abrir paróquias para sindicatos. Na ditadura militar, lutou em defesa dos direitos humanos, contra as torturas e a favor das Diretas Já. Esteve em presídios e porões durante esse período.

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Mas foi na França, enquanto estava no curso de Letras, que viu de perto a crueldade aos direitos humanos. Na Europa, conheceu os mutilados da segunda guerra mundial e foi a partir desse momento que a sua caminhada religiosa se transformou.

Enquanto era proibido celebrar missas e falar alemão, Dom Paulo foi impactado por essas experiências e viu com clareza que teria como destino a tentativa de promover a paz, a justiça e o respeito aos direitos individuais.

Para a roteirista, o que a mais deixou instigada na construção desse capítulo, foi selecionar o que seria abordado e o que permaneceria oculto durante a narrativa:

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— O desafio é escolher o que vai ser iluminado na produção e o que vai ficar no imaginário do telespectador. Isso ocorre ao trabalhar com biografias.

Programação:

27/7 – Dom Paulo Evaristo Arns

3/8 – Cruz e Sousa

10/8 – Rogério Sganzerla

17/8 – Everaldo “Pato” Teixeira

24/8 – Antonieta de Barros

31/8 – Willy Zumblick

7/9 – Zilda Arns

14/9 – Lindolf Bell

21/9 – Santa Paulina

28/9 – Resumo com os destaques da série