Além das filhas Daniela e Letícia, o técnico Gilmar Dal Pozzo foi o “Paizão” do grupo da Chapecoense. Jogadores como Rodrigo Gral e Rafael Lima, tem no comandante da Chapecoense uma figura que cobra, mas que auxilia nos momentos difíceis.
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Ele aconselhou Gral nos momentos em que ele pensou em abandonar o futebol. Deu confiança para ao zagueiro Rafael Lima assumisse a condição de xerife e capitão da equipe. Manteve motivados jogadores como o atacante Bruno Rangel e o meia Athos, que foram reserva no catarinense e viraram titulares na Série B.
– Se tiver que cobrar ele cobra, se tiver que dar colo ele dá – disse a mulher de Dal Pozzo, Cláudia Dal Pozzo.
O treinador da Chapecoense é um profissional dedicado. Em casa, vê duas ou três vezes os vídeos dos adversários. No clube, busca trabalhar muito as jogadas para que o time tenha um bom rendimento. Para Dal Pozzo, a vitória ou derrota é fruto de um bom trabalho antes dos jogos. Por isso um de seus livros preferidos é “A Bola não Entra Por Acaso”, de Ferran Soriano.
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Dal Pozzo lê bastante. Atualmente alterna Cestas Sagradas, de Phil Jackson, com Fora do Comum, de Tony Dungy e Nathan Whitaker. Todos livros ligados ao esporte. O próprio treinador se diz um obcecado pela vitória. Tanto que uma de suas músicas favoritas é We Are The Champions, do Queen.
Ele é o primeiro a entrar no gramado nos treinamentos. No final, treina chutes a gol. Às vezes participa das brincadeiras jogando na linha. Dal Pozzo é sério e geralmente adota uma postura equilibrada.
Mas no jogo é agitado, grita, chama os jogadores e gesticula os braços. Muitas vezes lembra o treinador Tite, do Corinthians, de quem é fã e amigo.
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Se no trabalho o técnico passa a imagem de uma pessoa muito séria, em casa é brincalhão com a família. Gosta de tomar chimarrão e às vezes uma caipirinha com a esposa Cláudia. Religioso, duas a três vezes por semana vai rezar na gruta da Catedral Santo Antônio.
Quando sobra tempo, também vai na academia. Mas a verdadeira paixão é por cavalos. Quando tem férias, vai para Veranópolis, onde tem uma apartamento, para laçar com o seu cavalo Mouro.
Dal Pozzo tem origem humilde, quebrou pedra quando era jovem no interior de Paraí, quando era jovem. Por isso sempre prega o respeito ao adversário.
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Foi goleiro em vários times, como Avaí, Goiás, Marítimo de Portugal e Veranópolis. Foi campeão gaúcho em 2000, com o Caxias. Em 2008, iniciou a carreira como técnico. E foi na Chapecoense onde sua carreira deslanchou, conquistando o acesso da Série B, em 2012 e, agora, para a Série A.
O “Grandão”, apelido de amigos de Veranópolis, já é um dos gigantes da história da Chapecoense.