Uma das vítimas do sequestro no ônibus catarinense é moradora de Registro, no interior de São Paulo. Ela estava em Florianópolis visitando o filho, que mora na cidade e comemorando o aniversário de 7 anos do neto. Esta não foi a primeira vez que ela viajou com a linha da Auto Viação Catarinense sequestrada na madrugada. Ela partiu da Rodoviária Rita Maria às 8h45, com destino a São Paulo, mas a viagem foi interrompida por uma falsa blitz e o sequestro do ônibus na tarde deste domingo, dia 15.

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Após uma semana de muita alegria, como descreveu, viveu momentos de terror na volta pra casa. Confira a entrevista:

Grupo RBS _ Como estava a viagem?

Passageira _ O ônibus que saímos estragou no meio do caminho, por isso tivemos que esperar quase duas horas até chegasse outro, o que acabou atrasando. Mas já peguei esta linha outras vezes, e sempre foi tranquilo.

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Grupo RBS _ Como foi a ação dos bandidos?

Passageira _ Um dos falsos policias subiu no ônibus e agiu como se estivesse procurando por drogas, como se tivessem recebido uma denúncia. De repente o ônibus começou a andar, foi quando ele mandou que fechássemos todas as cortinas e anunciou o sequestro.

Grupo RBS _ Durou quanto tempo?

Passageira _ Acho que foi quase uma hora de terror. O tempo todo com ameaças, ele estavam muito armados, com armas grandes, acho que metralhadora. Um deles me deu um tapa na cara que está doendo até agora. Um outro homem também levou uma coronhada.

Grupo RBS _ Qual foi o pior momento?

Passageira _ Quando nos colocaram no bagageiros, todos os passageiros deram as mãos, pois pensávamos que eles iam colocar fogo no ônibus e íamos todos morrer. Eles ainda não tinham fechado a porta quando ouvimos um tiro.

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Grupo RBS _ Como foi o momento que a Polícia chegou?

Passageira _ Todo mundo estava muito nervoso. A Polícia correu atrás dos bandidos, que foram para uma mata. Falaram que era seis, mas eu não vi.

Grupo RBS _ Como a senhora está agora?

Passageira _ Por orientação da Polícia, fui registrar o Boletim de Ocorrência na minha cidade (Registro). O pior de tudo foi a humilhação, ter que ficar sem roupa e ser ofendida. Minha pressão chegou a 22 e toda hora que falo sobre isso choro. Vivi passado momentos tão felizes em Florianópolis, fui especialmente para o aniversário de 7 anos do meu neto. Espero que eu consiga superar este trauma.

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