Com a repercussão da invasão de celulares do ministro da Justiça Sério Moro e também de Paulo Guedes, surge aquela dúvida: estamos todos sujeitos a ataques de hackers? Um estudo global feito pela empresa de tecnologia Unisys Security Index confirmou que 85% dos brasileiros já sofreram ou conhecem alguém que foi vítima de pelo menos uma fraude cibernética. O mesmo estudo identificou que a cada 16 segundos, ocorre alguma tentativa de ataque pela internet no Brasil.
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Para evitar invasões e vazamentos de informações sem seu consentimento, é possível tomar algumas atitudes simples que podem garantir a segurança do seu dispositivo móvel. O cientista de computação e administrador de Redes e Infraestrutura, Ronald Glatz, elenca alguma delas:.
Sugestões para evitar ataques de hackers em seu celular:
•Comece protegendo a tela do seu celular. Ou seja, coloque uma senha para acessar seu celular e aplicativos. É o primeiro obstáculo para a pessoa que, por acaso, furtar, roubar ou encontrar o seu equipamento;
•Nunca use senhas fáceis. Por mais que seja difícil memorizar tantas senhas diferentes, cuide para não colocar respostas muito fáceis como o próprio número de telefone; nome de cachorro, data de aniversário, ou até o próprio nome. Quebre a cabeça para não facilitar para o invasor;
•Sempre faça a atualização do seu celular. Por mais que a atualização do sistema seja por muitas vezes demorada, Glatz indica sempre fazer quando for solicitado (o sistema costuma enviar uma mensagem solicitando a atualização). O aparelho fica vulnerável quando se passa muito tempo sem este processo;
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•Evite redes públicas de Wi-Fi. Uma outra pessoa conectada a este rede pode rastrear o seu dispositivo móvel e invadir o telefone. “Principalmente se o sistema operacional do celular não for atualizado. O hacker pode rastrear o seu celular e usar ele apenas como ponte para cometer outro crime cibernético, por exemplo, contra uma instituição financeira”, explicou o especialista;
•Tenha um bom antivírus no celular. Caso escolher um gratuito, olhe a nota do aplicativo, a empresa que fabricou (se for conhecida) e as avaliações. Ou invista num antivírus pago, reconhecido no mercado, se for possível;
•A mesma dica vale ao baixar qualquer aplicativo no celular, seja de agência bancária, jogos, ou redes sociais. Primeiro cheque se o app foi feito por uma empresa renomada, se as notas e avaliações são boas, e o número de usuários. Quanto mais usuários, melhor, avalia Glatz;
•Cuide com o que você abre no e-mail e também no Whatsapp. Os spams hoje em dia não chegam só pelo e-mail, mas estão vindo com mais frequência até pelas redes sociais. Se você não conhece a pessoa ou a empresa que te enviou por e-mail algum link ou imagem, não abra o arquivo.
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•Criptografe seus dados. Outra sugestão do especialista é checar se seu celular, na opção de “Configurações”, tem a opção de criptografia. Talvez essa seja uma das dicas mais certeiras, pois garante um nível a mais de segurança. O lado ruim é que o celular pode ficar um pouco mais lento. Mas para quem tem informações muito importantes no celular, a sugestão é primordial;
•E por último, sugere o especialista, em caso de pessoas que ocupam cargos públicos altos, ou funções importantes em empresas, que podem ser alvos de hackers e outros criminosos, a sugestão é sequer usar aplicativos e redes sociais pelo celular. “Evite enviar mensagens importantes por aplicativos comuns”, observa Glatz.