Mais movimento no comércio, ampliação do estádio, aumento na verba de televisão, mais patrocinadores e mais empregos. Tudo isso é consequência do acesso da Chapecoense para a Série A do Campeonato Brasileiro.
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A capacidade da Arena Condá será ampliada de 14,5 mil (12,8 mil liberadas pelos Bombeiros atualmente) para 20,5 mil lugares. A licitação para a nova Ala Leste, que terá 10 mil lugares, foi lançada no dia 9 de outubro. A arquibancada terá 118 metros de comprimento, 29 metros de largura e 18 metros de altura. O investimento previsto é de R$ 7 milhões e a empresa vencedora da concorrência deve ser conhecida no dia 20 de novembro, dia da abertura das propostas, segundo o prefeito José Cláudio Caramori.
De acordo com o prefeito, os recursos estão garantidos pelo governador do Estado, Raimundo Colombo. Na parte de trás das arquibancadas serão construídas salas para abrigar órgãos públicos, o que justificaria o investimento. Mas os R$ 7 milhões são apenas para as arquibancadas.
A expectativa é que a obra inicie em dezembro e seja concluída até o dia primeiro de maio. Como o Brasileirão começa no dia 20 de abril provavelmente a Chapecoense tenha que estrear em outro estádio, provavelmente no Colosso da Lagoa, em Erechim.
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Também está previsto o novo terminal de passageiros do aeroporto e nova pista de taxiamento, mas estas obras devem iniciar em 2014 e não devem estar prontas para a Série A. Além disso estas obras não resolvem o problema de cancelamento de voos no inverno.
No comércio as lojas, restaurantes, hotéis, bares e postos de combustível devem fazer melhorias para receber torcedores dos três estados do Sul, que devem assistir aos jogos em Chapecó. Afinal, num raio de 500 quilômetros a Chapecoense será o único time na elite do Campeonato Brasileiro.
– O comércio tem que se preparar para isso- disse o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas, Gilberto Badalotti. Ele lembrou que os torcedores que vem de fora de Chapecó vão querer levar alguma lembrança da cidade. E que além de ver jogos os torcedores vão consumir na cidade, o que vai movimentar a economia local.
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O proprietário da Maidana Esportes, Nei Mohr, conhecido como Nei Maidana, que já foi presidente da Chapecoense, espera dobrar as vendas de sua loja. Tanto que já projeta gerar mais dez a 15 empregos e estuda a abertura de uma nova loja. Maidana disse que somente na Série B a Umbro vendeu 20 mil camisas oficiais e ele vendeu dez mil produtos licenciados. Tanto que já falta produto. -Se tivesse mais dez mil camisas elas seriam vendidas neste final de ano- disse Nei.
Além disso a Chapecoense vai atrair mais patrocínio. Somente a cota de televisão deve subir de R$ 3 milhões para R$ 20 milhões, segundo o presidente Sandro Pallaoro. O clube deve ampliar o quadro de funcionários e profissionalizar alguns setores.
O diretor de futebol Mauro Stumpf disse que uma das metas é comprar uma academia de musculação nova. Ele lembrou que, em fevereiro, também será inaugurado o Centro de Treinamento do clube. O velho ônibus, de 1982, será trocado por um novo. Tudo para que o clube, a cidade e a região se adaptem ao “Padrão Série A”.
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