A morte de um jovem de 20 anos no Hospital Municipal Lourenço Jorge, no Rio de Janeiro (RJ), no domingo (11), está sendo investigada pela Delegacia de Homicídios da capital fluminense. A mãe de Richard Ferreira da Cruz afirma que ele morreu por conta das agressões de um dos médicos da unidade de saúde. As informações são do g1.
Continua depois da publicidade
Clique aqui para receber as notícias do NSC Total pelo Canal do WhatsApp
O paciente foi encontrado na rua, com ferimento de faca no pescoço, em frente a um supermercado, no sábado (10), dia em que ele deu entrada no hospital. Ele levava duas sacolas de compras quando foi agredido.
A mãe do jovem, Alessandra Ferreira da Silva, conta que o quadro de Richard era estável quando ele se desentendeu com a equipe médica, e depois levou um soco de um dos profissionais no mesmo local em que teve o ferimento.
A equipe do hospital afirma que os profissionais agiram com “medidas de proteção”, já que foram atacados, e que a morte do paciente foi causada pelo outro ferimento dele.
Continua depois da publicidade
Alessandra relembra que a família foi avisada durante a madrugada de domingo que o filho estava “muito agitado”, momento em que se dirigiu até o local. A mãe do jovem explicou aos profissionais que o filho sofria de depressão e bipolaridade, e pediu que ele fosse sedado.
Richard levantou da cama e disse que iria embora. Uma enfermeira teria indicado que ele precisava ficar deitado, momento em que um médico teria gritado de forma agressiva, afirma a mãe dele. O médico teria dito que ele não poderia se comportar daquela forma, momento em que o rapaz foi na direção do profissional e foi agredido com chutes e socos, o que teria reaberto o ferimento no pescoço, conta a mãe.
— Meu filho foi assassinado. [O médico] começou a dar golpes e pegou o meu filho duas vezes […]. Um deles [um soco] pegou e acertou em cheio a veia — disse a mãe.
Richard começou a sangrar e foi encaminhado para a sala vermelha. Depois de ser retirada do local, a mãe do jovem foi registrar a agressão em uma delegacia. Ao chegar de volta no hospital, o filho já estava morto.
Continua depois da publicidade
— Ele já estava estabilizado. Essas agressões todas foram a causa da morte do meu filho — disse Alessandra.
A mulher diz que tentou impedir a agressão, mas que sofreu ameaças do médico.
Hospital se pronuncia
O Hospital Municipal Lourenço Jorge disse que os profissionais de saúde foram atacados e precisaram adotar “medidas de proteção”. A Secretaria Municipal de Saúde informou que a causa da morte foram os ferimentos prévios, causados por uma “arma branca”.
O médico envolvido no caso não teve a identidade divulgada. O ocorrido foi registrado pela 16ª DP (Barra da Tijuca) e está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro.
Confira a nota da Secretaria Municipal de Saúde:
“A direção do Hospital Municipal Lourenço Jorge (HMLJ) esclarece que, na noite deste sábado (10), por volta das 21h30, o paciente deu entrada na unidade trazido pelo Corpo de Bombeiros após sofrer lesão por arma branca com sangramento intenso.
Continua depois da publicidade
É importante destacar que o paciente se apresentava agitado e agressivo e, conforme o relato da equipe de plantão, ele atacou os profissionais de saúde, que precisaram adotar medidas de proteção até conseguir contê-lo e encaminhá-lo à sala vermelha. Devido ao intenso sangramento, o paciente não resistiu e, infelizmente, veio a óbito.
Por se tratar de caso de violência – ferimento por arma branca, o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) e a situação foi comunicada à polícia para investigação.”
Leia também
Quem era o homem de 27 anos morto a tiros em loja de conveniência de Joinville
OMS atualiza lista de doenças com potencial de epidemia; número subiu mais de 40% desde 2018