O Oakley Pro deu a largada nesta sexta-feira para a disputa do título catarinense de surfe profissional e garantiu mais um atrativo na Capital para último fim de semana da temporada de verão.
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Com ondas de um metro na série influenciadas pelo fraco vento sudeste, 144 surfistas profissionais iniciaram a briga por 2.500 pontos no ranking da Federação Catarinense de Surf (Fecasurf) e 1.500 pontos no circuito brasileiro que serão oferecidos ao campeão no domingo.
Nesta sexta-feira foram realizadas 24 baterias da rodada inaugural outras três do segunda fase, já com a presença dos cabeças de chave, classificados pelo ranking Fecasurf 2011. Novatos como os catarinense Matheus Navarro e Cauê Wood e veteranos como Fábio Silva, Guga Arruda e Renato Wanderley garantiram o show de surfe e avançaram para a segunda fase da competição.
Na praia, veranistas, turistas e moradores da Capital aproveitaram a sexta-feira de sol para curtir a praia famosa pelas ondas, que já atraíram campeonatos de nível internacional e continua a ser o palco das melhores competições de surfe do Brasil.
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O vendedor David Souza, 28 anos, aproveitou a competição para apresentar a Joaquina para amiga paulista, Beatriz Rocha, 26 anos.
– Eu amei. É uma das praias que mais gostei – declarou a psicóloga, enquanto saboreava uma porção de camarão a milanesa na beira da praia.
As amigas Laura Sartori, de Florianópolis, e Carina Kindermann, de Braço do Norte, foram à Joaquina porque sabiam da realização do campeonato:
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– Costumamos frequentar a Praia Mole, mas hoje viemos para a Joaquina pelo campeonato e o movimento melhorou bastante – disse Laura, em referência ao público na praia.
Para os surfistas, a Joaquina é sinônimo de boas ondas e de boas lembranças como os campeonatos internacionais válidos pelo circuito mundial (Hang Loose em 1986) e as competição nacionais como o Supersurf e o Brasil Surf Pro. Enquanto alguns correm em busca de pontos nos rankings catarinense e nacional, há aqueles que estão no evento por diversão ou paixão.
Ex-campeão mundial júnior, o carioca Pedro Henrique, 29 anos, estaria na Austrália correndo uma etapa seis estrelas da ASP se tivesse um patrocinador forte para a temporada. O surfista que também é profissional do kite wave ( modalidade de kitesurf nas ondas) tem a Joaquina como um dos melhores palcos de surfe e competição do Brasil, além de boas recordações:
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– Passei minha infância vindo para cá, pois meu pai mora na Praia dos Ingleses. Eu me sinto em casa. Foi aqui que fiz uma final de Supersurf (antigo circuito brasileiro) e ganhei meu primeiro campeonato no circuito brasileiro amador – lembrou.
Vice-campeão catarinense em 2011, o catarinense Marco Polo também encara a competição como uma forma de motivação para o restante da temporada. O surfista que teve uma passagem pela elite do surfe mundial em 2009 salienta ainda a estrutura oferecida na Joaquina:
– É um palco perfeito para surfar, treinar. Além disso tem restaurante, chuveiro e estacionamento, uma estrutura completa para um evento como este. É um campeonato superdisputado. Na verdade, é um campeonato catarinense, mas com nível de brasileiro – resumiu.
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Para o veterano Fábio Silva, 39 anos, ex-integrante da elite do surfe mundial, a participação na competição é uma forma de se manter atualizado com a evolução do surfe. Mas o cearense não esconde que o principal atrativo é a qualidade das ondas:
– É o segundo Maracanã do surfe, já que o primeiro dizem que é Saquarema. Mas aqui tem altas ondas, bem extensas e manobráveis. É show de surfe com certeza. E estou aqui pela paixão que tenho pelo surfe – completou o surfista, radicado no Rio Tavares, em Floripa, há oito anos.
A competição segue neste sábado e domingo. A previsão é de boas ondas, diante da entrada da ondulação de direção sul/sudeste. Quem garante é o catarinense Diego Rosa, que faz sua estreia, neste sábado, direto na segunda fase da competição.
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Ontem, ele aproveitou para treinar no meio da praia, enquanto as baterias da primeira fase eram realizadas:
– Está subindo o mar. Hoje (sexta-feira) é dia das menores ondas do campeonato. Vamos ver agora se (a bancada de areia) vai segurar essa ondulação – constatou Rosa.