Da sacada de casa o aposentado Rui Brito acompanha desde 2010 as intermináveis obras da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Continente, na Rua Gualberto Sena, ao lado do terminal de ônibus desativado do Jardim Atlântico, em Florianópolis.
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Rui já perdeu as contas de quantas vezes a data de inauguração foi alterada – incluindo a pintura em cima de outras placas -, mas tinha esperanças de que as obras, aparentemente perto do fim, terminassem logo, quando percebeu mais uma vez que o serviço parou há cerca de 15 dias.
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Rui relata que agora ele e outros moradores estão precisando afugentar com gritos usuários de drogas e ladrões, que todas as noites vão ao local para tentar roubar fios, e até as portas metálicas:
– Desse jeito não dá. De vez em quando vejo algum operário que entra e faz alguma coisa, e as luzes ficam acessas de dia não sei pra quê. Até o vigia que ficava no período noturno foi dispensado, e agora nós que estamos cuidando para não atrair mais criminalidade pro bairro – comenta.
Prazo foi alterado inúmeras vezes
Desde 2011 a Hora denuncia o atraso nas obras da UPA Continente. O prazo inicial de conclusão era o primeiro semestre daquele ano. O mês de julho chegou, e nem mesmo as fundações haviam sido feitas.
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Ferros e outros materiais de construção estavam abandonados no terreno em meio ao mato. A Secretaria de Saúde declarou na época ter encontrado alguns problemas no terreno e o projeto original precisou ser alterado.
Em fevereiro de 2012 a situação continuava preocupante. Com a desculpa que foi necessário obter autorização do Tribunal de Contas para mudar o projeto, o prazo foi novamente postergado, para junho do mesmo ano, o que não se concretizou.
Nesta semana, a Secretaria Municipal de Saúde informou por e-mail que houve um pequeno atraso na liberação da prorrogação do contrato com a empresa que executa a obra, mas o problema já foi resolvido. A Secretaria garantiu que a obra será entregue dentro do prazo, em dezembro de 2014.
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