A final da Copa do Brasil de 2015 está na história. Para o campeão Palmeiras, virou até foto no vestiário. Para o Santos, significa uma espinha na garganta. Mas o tempo passa e, 80 dias depois, os rivais se reencontraram no mesmo Allianz Parque daquele 2 de dezembro para um jogo bem mais fraco, com atmosfera totalmente diferente e com os técnicos ainda reiniciando seus trabalhos. Resultado: um empate sem gols em que a drenagem do novo gramado da arena palmeirense foi quem deu show, tamanha a tempestade que caiu.
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Foi a primeira vez que o Palmeiras não venceu o Santos no Allianz Parque: antes, eram três vitórias verdes em três jogos. O clima entre os jogadores também foi distinto. O único entrevero aconteceu no fim do primeiro tempo, quando Thiago Santos bateu boca com Ricardo Oliveira e levou um tranco após cobrança de escanteio. De resto, tudo em paz.
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Marcelo Oliveira e Dorival Júnior, os mesmos técnicos daquela decisão, fizeram ajustes em seus times. Matheus Sales, famoso por anular Lucas Lima, reapareceu na vaga de Arouca e compôs o trio de volantes com Thiago Santos e Jean, enquanto Robinho tomou o lugar de Erik para fazer o time pensar mais do que no empate com o River Plate (URU), na terça passada. Já o Santos veio com o jovem Serginho, meia, no posto que Paulinho e Patito, atacantes, ocuparam em partidas anteriores.
Os donos da casa controlaram o jogo na maior parte do primeiro tempo, muito mais pela marcação bem encaixada do que pela lucidez na criação de jogadas, apesar da incessante movimentação de Dudu, Robinho e Alecsandro. Ironicamente, foi do Peixe o lance de maior perigo, aos 38: Fernando Prass rebateu mal um chute de Ricardo Oliveira e Gabriel balançou as redes no rebote, mas impedido.
A emoção se apresentou para a etapa final junto com o dilúvio que castigou a capital paulista. Apesar do equilíbrio no número de finalizações, o Santos teve mais clareza na construção dos lances de perigo. Gabriel, difícil de ser marcado, teve encontros diretos com Prass duas vezes: jogou para fora ao buscar o ângulo na primeira e parou no goleiro na segunda.
O Palmeiras desfez o esquema com três volantes com a saída de Matheus Sales, que havia recebido amarelo, e a entrada de Gabriel Jesus. Arouca e Régis também entraram, nas vagas de Thiago Santos e Robinho. O time tocava a bola pacientemente, mas pouco penetrava a área.
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As trocas de Dorival também foram audaciosas. Com Patito na vaga de Serginho, o costumeiro desenho tático do time, com dois homens abertos, estava de volta. Ricardo Oliveira saiu muito vaiado pelos palmeirenses para a entrada de Joel e Léo Cittadini, armador, foi para o jogo na vaga do marcador Thiago Maia.
O pressionado Palmeiras chegou ao quinto jogo sem vitória, com quatro empates e uma derrota. Ainda na liderança do Grupo B, com só seis pontos, volta a jogar na quinta, fora de casa, contra o XV. Já o Santos, que embora não esteja empolgando ainda não perdeu em 2016, lidera o Grupo A com nove pontos e recebe o Mogi Mirim, também na quinta.