O policial militar apontado pela Polícia Civil como um dos elos dos traficantes que planejavam atacar uma juíza, seus familiares e pelo menos 10 agentes da Polícia Civil em Gravataí disse, em depoimento na DP de Encantado que não teve envolvimento no caso e alegou ter compartilhado com colegas sua senha de acesso ao sistema de consultas integradas da segurança pública. Com isso, outros PMs serão investigados pela Polícia Civil.
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O PM de 40 anos, sendo 18 trabalhados na Brigada Militar, é suspeito de ter acessado dados sigilosos dos possíveis alvos da quadrilha. Depois de ouvido, foi liberado.
— Desde a chegada de policiais em sua casa, ele negou o fornecimento de informações, entregou computadores, pen drives, e ofereceu informações bancárias e fiscais. Foi o tempo todo colaborativo — disse o comandante regional da Brigada Militar no Vale do Taquari, coronel Gleider Cavalli.
Um mandado de busca foi cumprido na casa do PM em um município que não é divulgado pela polícia, no Vale do Taquari. O policial militar não foi intimado, e sim convidado a prestar depoimento.
— A auditoria ainda não foi encerrada para podermos delimitar qual foi o período em que o PM teria acessado esses dados. Mas podemos afirmar que está bem evidente que ele cruzava informações de pessoas específicas com o objetivo de determinar as suas localizações de possíveis vítimas — afirmou o delegado Marco Antônio Souza.
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Segundo Souza, o PM segue investigado e não é descartada a participação de outros agentes públicos no esquema criminoso.
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Na BM, de acordo com o coronel Cavalli, o policial militar responderá a processo administrativo-disciplinar (PAD) por ter cedido sua senha a colegas, atitude não permitida na corporação. Mas seguirá trabalhando.