A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta sexta-feira, uma operação para prender integrantes da organização criminosa Primeiro Grupo Catarinense (PGC) em Balneário Camboriú e Camboriú. Com apoio de um helicóptero, 150 policiais civis saíram às ruas por volta das 6h para cumprir 28 mandados de prisão preventiva e 35 de busca e apreensão. A ação é coordenada pela Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic) e Divisão de Investigações Criminais (DIC).

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Por volta das 11h, haviam sido cumpridos 15 mandados de prisão nas duas cidades. Sete pessoas foram presas e encaminhadas ao Complexo Prisional da Canhanduba, em Itajaí; outros oito suspeitos já estavam na cadeia. Nenhum dos presos teve o nome divulgado.

De acordo com a polícia, os suspeitos integram uma célula do PGC no Litoral Norte, que recebia e ordenava a execução de crimes, como tráfico de drogas, roubos e homicídios. A organização tem atuação dentro e fora de presídios do Estado e seria responsável pelo fornecimento de armas e drogas para prática de crimes na região.

O inquérito específico da ação desta sexta-feira busca confirmar a participação dos envolvidos com a facção criminosa, além de investigar corrupção de menores e associação para o tráfico. Além disso, a operação tem o objetivo de desmantelar o grupo e evitar o surgimento de novas lideranças.

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– Os mandados tem o objetivo de prender articuladores da facção aqui na região. Eles possuem cargos de confiança e representatividade dentro da organização – explica o delegado Procópio da Silveira Neto, da Deic.

O delegado afirma ainda que a corrupção dos menores era frequente e ocorria de diversas formas. Segundo ele, vários adolescentes já foram flagrados cometendo crimes em nome da facção. Dois deles seriam, inclusive, membros do PGC, porém, sua apreensão não foi solicitada nessa operação.

– Não chegamos a pedir a apreensão porque não tem espaço para transferência dos adolescentes no Estado – completa.

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Durante a manhã ações se concentraram nos bairros dos Municípios, Vila Real e Iate Clube, em Balneário Camboriú, e Santa Regina, Taboleiro, Monte Alegre e Conde Vila Verde, em Camboriú. Também foram apreendidas munições, dinheiro falsificado, R$ 7 mil em espécie e documentos relacionados à investigação.

Entre os materiais estão cartas que demonstram as atividades da organização e o recrutamento de novos membros.

DIC ajudou a localizar suspeitos na região

A investigação começou em janeiro deste ano, quando a polícia teve acesso a um material que apontava o envolvimento de pessoas com a facção. A Deic identificou alguns dos membros do PGC na região, mas não tinha informações detalhadas. Então, a DIC de Balneário foi acionada e a equipe do delegado Osnei Oliveira ajudou no aprofundamento da apuração e localização dos suspeitos.

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– São pessoas voltadas para prática de diversos crimes e todos possuem antecedentes criminais. Alguns já estavam presos, inclusive, por outros crimes cometidos – comenta Oliveira.

O delegado da DIC acredita que com as prisões haverá redução de crimes nas duas cidades. Os suspeitos vão responder por associação criminosa, que pode render de três a oito anos de prisão, e corrupção de menores, cuja pena vai de dois a cinco anos de detenção.

– Algumas pessoas ainda estão foragidas, inclusive um dos líderes na região. Por isso, vamos continuar a operação até cumprir todos os mandados e na próxima semana iniciará a fase de interrogatório – conclui.

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No total, 150 policiais participam da operação (Foto: Osvaldo Sagaz / RBS TV)