A Polícia Militar resgatou 12 galos em um local de rinha, muitos deles feridos, na noite deste sábado (08) em Tijucas, na Grande Florianópolis. O proprietário do estabelecimento foi detido por crime ambiental, mas os apostadores, que eram cerca de 50, conseguiram fugir.
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Os agentes foram chamados para atender a ocorrência na Rua Caroeira, Bairro Terra Nova. Ao chegar na estrada que dá acesso ao ringue, os policiais perceberam muitos homens correndo para o meio da mata fechada, carregando diversas aves, que, em desespero, cacarejavam. OS PMs pediram apoio para os colegas da cidade vizinha Canelinha. No entanto, quando entraram no local, não havia mais nenhum participante presente.
Somente o proprietário do galpão foi localizado. Ele foi identificado como Ricardo Miranda de Jesus e disse que veio de Salvador (BA) há 3 meses. O homem admitiu que alugou o terreno e construiu toda a estrutura para realizar as rinhas. No local, oferecia comida e bebidas aos participantes. Naquele sábado, as apostas começaram às 8h.
Os policiais solicitaram apoio da Polícia Militar Ambiental, mas as ligações não foram atendidas, segundo a PM. Ricardo Miranda de Jesus assinou termo circunstanciado pelo artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais: "Praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos."
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No entanto, sem o apoio da PM Ambiental, o dono do local ficou como fiel depositário dos animais. Neste domingo, o major Eder Jaciel de Oliveira, responsável pela operação, explicou que essa foi a única solução encontrada.
— Os animais não poderiam ser transportados na viatura, porque ele poderia alegar que os animais foram machucados pela guarnição. Nós já conseguimos falar com a PM Ambiental e, nesta segunda, eles vão mandar um biólogo e um veterinário para periciar os animais e levá-los para um local adequado.
Os animais foram todos fotografados como prova das lesões. Caso Miranda devolva os galos aos seus donos, além do crime ambiental ele responderá pelo crime de depositário infiel, cuja multa pode chegar a R$ 50 mil, segundo o major.
Miranda responderá em audiência no Juizado Especial Criminal no dia 8 de Abril de 2019. Alguns apostados foram identificados e os nomes deles serão encaminhados para o Ministério Público.
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