O presidente da Apae de Lauro Müller, José Elói Martins, foi afastado do cargo pela Justiça por suspeita de praticar crimes como injúria racial, peculato e coação de processo. Uma funcionária também foi afastada da função por suspeita de envolvimento em crimes praticados na instituição.

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Na manhã desta terça-feira (10), a Polícia Civil fez buscas a apreensões na Apae, na casa de José Elói Martins e de outros suspeitos, durante a operação Tweed. Computadores e documentos foram apreendidos. No total, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão, parte deles em estabelecimentos comerciais que eram fornecedores da Apae, nas cidades de Lauro Müller, Cocal do Sul e Orleans, todas no Sul catarinense.

Segundo a Polícia Civil, os crimes investigados são coação de processo, peculato, injúria racial, tráfico de medicação controlada, associação para o tráfico, inserção de dados falsos em sistema informatizado da administração pública e associação criminosa.

De acordo com o delegado Ulisses Gabriel, que coordenou a operação Tweed, além do presidente e de uma funcionária da Apae, outras duas pessoas são investigadas pela polícia por participação nos crimes. Entre eles está o diretor social da Federação das Apaes de Santa Catarina, Júlio Cesar Aguiar.

Denúncias de abuso sexual

Ainda segundo o delegado Ulisses Gabriel, as investigações começaram após denúncia de que o presidente da Apae estaria prejudicando a apuração de suspeita de abuso sexual contra duas alunas da instituição. Os crimes teriam sido praticados por pessoas ligadas ao presidente, que tentava atrapalhar as investigações “para não prejudicar a imagem da Apae”, contou o delegado. As denúncias de abuso sexual contra as duas alunas são investigadas pela Polícia Civil de Lauro Müller.

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Contrapontos

Até esta publicação, a reportagem não conseguiu contato com o presidente da Apae de Lauro Müller, José Elói Martins. O texto será atualizado assim que o presidente ou a defesa dele se manifestar sobre as investigações.

O diretor social da Federação das Apaes de Santa Catarina, Júlio Cesar Aguiar, conversou com a reportagem por telefone e disse que foi "pego de surpresa" pela operação desta manhã. Ele negou que tenha participação em qualquer tipo de crime e disse que aguarda mais informações a respeito da investigação para se manifestar sobre o assunto.

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