Segundo o Relatório Especial de Empreendedorismo Feminino no Brasil de março de 2019, feito pelo Sebrae com dados de vários estudos, o Brasil tem a 7ª maior proporção de mulheres entre os empreendedores iniciais no mundo. Mas, apenas 3,9 de cada 10 empreendedoras viram donas de negócio. Elas correspondem a 34% dos donos de negócio, na média nacional. Esses são dados que mostram o quão necessário é que as empresas abram suas portas para a diversidade, assim como são necessárias ações no ecossistema que busquem integrar as mulheres e oferecer oportunidades iguais para ambos os gêneros.
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Primeiro, as empresas precisam estar abertas para acolher a diversidade, não apenas com ações pontuais, mas esse acolhimento precisa estar enraizado na cultura das organizações. E isso vai além de comemorações pontuais em datas específicas, precisa começar num processo seletivo diferenciado com metas nítidas e voltadas à diversidade. Além disso, precisa fazer parte do dia a dia da companhia.
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio do IBGE revelou que as mulheres correspondem a apenas 20% do total de profissionais que atuam na área de Tecnologia da Informação (TI) no Brasil. O problema não está no grau de instrução, pois, segundo o IBGE, quanto maior o grau de instrução das mulheres, maior fica a diferença salarial delas para homens com a mesma formação acadêmica.
Essa falta de diversidade no mercado dificulta as ações de empresas que gostariam de atrair perfis diferenciados. A representatividade também é importante porque é vendo mulheres no setor da tecnologia e em postos de gerência, por exemplo, que meninas acreditarão ser possível trabalhar na área. O poder do exemplo é gritante no sentido da diversidade.
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Empresas que possuem a bandeira da diversidade têm vários benefícios. Entre eles está uma equipe com resultados mais positivos, porque o ambiente de trabalho se torna estimulante e acolhedor. Além disso, reduz conflitos, pois existe o respeito pelo outro. E quando políticas de respeito à diversidade são implantadas, as divergências entre os colaboradores diminuem, porque todos estão sendo estimulados a lidar com a diferença, o que também incentiva a capacidade de escuta e possibilita que ocorram mais acordos. As visões diferentes também contribuem para a criatividade no ambiente, porque existe a liberdade e isso possibilita maior originalidade no que for proposto.
Com uma equipe diversa, as empresas só têm a ganhar. Além de trazer novas ideias e visões, contribui para uma sociedade mais igualitária e acolhedora.
*Alexandre Souza é gestor do Startup SC, do Sebrae SC.
