A prefeitura de Porto Belo entregou à Receita Federal um relatório do impacto econômico da passagem dos navios de cruzeiro pela cidade. O documento foi pedido pelo órgão federal para embasar o alfandegamento _ processo que permite a nacionalização de embarcações e que pode fazer da cidade uma porta de entrada de navios estrangeiros no país.
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No relatório a prefeitura afirma que R$ 30 milhões deixaram de circular no município pela falta de alfandegamento na última temporada. A cifra foi calculada com base em um levantamento da Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (CLIA Abremar), que afirma que um turista de transatlântico deixa, em cada escala, pouco mais de R$ 400. Ao todo, 21 navios deixaram de ancorar na cidade por falta de alfandegamento no último verão.
A alternativa aos navios que vêm de países do Mercosul, hoje, é passar pelo alfandegamento no Porto de Imbituba. Mas a estrutura está longe de ser a ideal, o processo é demorado e as rotas acabaram inviabilizadas, o que representa uma perda para todo o Estado.
Além do trade turístico municipal e regional, o pedido de alfandegamento do píer de Porto Belo foi corroborado por duas das maiores operadoras de cruzeiros no mundo, a Costa Cruzeiros e a MSC _ ambas de olho nas oportunidades que poderão surgir das nacionalizações. É de interesse das companhias reforçar as operações tanto em Porto Belo quanto Balneário Camboriú, que ensaia a entrada definitiva no mercado de escalas. A nacionalização aumenta a possibilidade de rotas.
A Receita precisa da justificativa para reforçar o efetivo na região e deixar servidores de plantão no receptivo dos navios. A expectativa, agora, é para que os dados sejam aceitam.
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