A falta de alfândega em Porto Belo provocou a perda de mais uma escala de cruzeiros. O navio Costa Pacífica, que atracaria nesta quarta-feira, desistiu da parada. Com isso, das 14 paradas previstas, restaram 12 – já que em novembro o transatlântico Marina, que faria a abertura da temporada, precisou cancelar o desembarque em função do tempo ruim.
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A falta de alfandegamento é um problema histórico no município. Sem um local apropriado para nacionalização, os transatlânticos precisam atracar primeiro em outros portos – o que eleva custos e atrasa os cruzeiros. No caso do Costa Pacífica, houve uma divergência de procedimentos vinculados ao terminal de Imbituba, onde atracaria antes de chegar a Porto Belo.
O que impede o município de conquistar o desejado alfandegamento é o alto custo. Em entrevista ao Sol Diário em outubro deste ano, o gerente operacional do píer, Márcio Serpa, explicou que a Receita Federal exige uma estrutura fixa e equipamentos que precisariam de um investimento inviável para a cidade.
– Somente um dos equipamentos custa quase R$ 800 mil – disse à época.
Solução
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Uma alternativa ao problema vem sendo negociada pelo município. O prefeito de Porto Belo, Evaldo Guerreiro, encontrou-se semana passada com a cúpula da Receita Federal em Brasília. A reunião discutiu possíveis mudanças nas normas para possibilitar o tão desejado alfandegamento. A ideia é uma flexibilização das regras para atender a portos como o de Porto Belo, que não são contemplados pela legislação.
O próximo navio com escala programada para a cidade é o Splendour of the Seas, da companhia Royal Caribbean, que passa por Porto Belo em 28 de dezembro. O navio deve trazer mais de dois mil turistas para Porto Belo.