
Economia
Em janeiro, segundo o Dieese, o custo dos alimentos essenciais ficou 4,43% mais barato que o valor pago em dezembro, fechando em R$ 437,55
O custo da cesta básica aumentou em nove capitais e diminuiu em outras nove. Diferentemente de meses anteriores, em janeiro, Florianópolis ficou no grupo dos municípios que registrou maior redução no valor total dos alimentos essenciais.
Comparado com a pesquisa feita pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) em dezembro, quando a cesta básica estava em R$ 457,82, no primeiro mês deste ano houve a redução de 4,43%, fechando em R$ 437,55.
Apesar da queda, a Capital catarinense ainda tem o quarto maior custo entre as cidades analisadas, atrás apenas São Paulo (R$ 467,65), Rio de Janeiro (R$ 460,46) e Porto Alegre (R$ 441,65). Salvador (R$ 353,43), Natal (R$ 351,83) e Recife (R$ 348,85) foram as capitais que registram o menor custo dos alimentos em janeiro.
No ano, o Diesse registrou alta de 1,63% no custo da cesta básica em Florianópolis. Hoje, quem vive com um salário mínimo na cidade _ fixado em R$ 998 _ precisa de 96 horas e 27 minutos de trabalho para arcar com os custos de alimentação básica, que compromete 47,66% do rendimento mensal.
O departamento ainda calcula que, em janeiro de 2019, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 3,9 mil: 3,94 vezes o atual valor pago.
Para essa conta, o Dieese leva em consideração a determinação constitucional que estabelece que o rendimento mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas com alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene, transporte, lazer e previdência.
Entre dezembro do ano passado e janeiro deste ano, o feijão, a banana, a manteira e a batata foram os itens que mais puxaram o valor da cesta básica para cima. Em contrapartida, o tomate foi o alimento com maior redução na maior parte das capitais analisadas em janeiro _ ano passado ele foi o produto que mais encareceu a cesta básica.
Em Florianópolis, o destaque ficou mesmo com a manteiga. O item sofreu alta em 16 cidades. A maior variação foi observada na capital de SC, 4,37% _ a média das capitais ficou 2,75%. A elevação média dos demais produtos mostra alta mais expressivas no feijão carioquinha (28,71%) e na batata (4,99%).
A banana (0,65%), óleo de soja (0,57%), pão francês (0,56%), farinha de trigo (0,53%), carne bovina de primeira (0,44%) e café em pó (0,43%) vem em seguida na lista. Já as quedas mais expressivas foram no tomate (-18,51%), açúcar refinado (-2,48%), arroz agulhinha (-1,32%) e leite integral (-0,27%).