O último crime atribuído pela polícia a Sidnei Padilha dos Santos, 35 anos, foi registrado na noite de segunda-feira no bairro América, em Joinville. Uma casa foi invadida e foram levados equipamentos eletrônicos, roupas e o carro dos moradores, um Peugeot 308.
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Na manhã de terça-feira, Sidnei foi preso em flagrante dirigindo o carro roubado, no bairro Iririú. Acabou apontado por policiais como o autor dos sequestros-relâmpago ocorridos nos últimos meses na cidade.
Duas mulheres feitas reféns, entrevistadas por “AN” em reportagem publicada na edição de terça-feira, reconheceram Sidnei como o autor do crime. Cerca de 15 vítimas, de cinco crimes, fizeram o reconhecimento à tarde, na Central de Polícia. Uma delas contou a “AN” ter se sentido aliviada ao saber que o homem estava preso.
Estão registrados os reconhecimentos por parte de vítimas de três crimes. Vítimas de outros cinco assaltos devem prestar depoimento nesta quarta. Ainda falta que mais vítimas registrem o reconhecimento formal. Terça-feira, Sidnei se manteve calado, alegando que falará somente em juízo, afirmou o delegado Fábio Fortes.
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Conforme Ricardo Ribeiro, capitão da Polícia Militar, Sidnei era procurado havia 45 dias. Pela avaliação da PM, o assaltante tinha um método próprio. Abordava as vítimas à noite com um revólver calibre 38, as amarrava.
Em alguns casos, levava um refém como garantia, o abandonando longe da área urbana. O suspeito chegou a sacar dinheiro em caixas eletrônicos com cartões bancários de vítimas. Na maioria das vezes, roubou o carro e pertences. A polícia não descarta que outras pessoas estejam envolvidas.
Sidnei trabalhava como operador de máquina durante o dia. Na casa dele, na rua Tabatinga, no Iririú, a polícia apreendeu uma TV LCD já instalada na sala, notebook, home theater, aparelho de som, roupas, calçados e o revólver. Os bens estavam na lista dos que foram roubados na segunda.
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Na ocasião, o bandido amarrou o casal, de 30 e 39 anos, e um irmão do homem, de 31 anos. Assim que fugiu no carro, as vítimas se soltaram e acionaram a polícia.
– Na hora, não dá para acreditar que está acontecendo com você. É horrível -, disse a mulher. Ela contou que o ladrão cogitou levar um refém, mas desistiu.
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