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Sunshine recorre à Justiça para ter acesso às contas de O Arrasador de Corações
A produtora Sunshine Entertaiment ingressou com pedido na Justiça americana para ter acesso ao movimento financeiro gerado pelo filme O Arrasador de Corações. A decisão foi tomada duas semanas depois de o diretor Roberto Carminati, também coprodutor pela Influência Filmes, ter promovido a primeira exibição pública do longa-metragem em Criciúma, no Sul do Estado, numa sessão para convidados em que não houve venda de ingressos.
O diretor da Sunshine, Francisco Das Chagas, teme que o filme comece a ser comercializado no Brasil em outros formatos e que isso acarrete prejuízos para a sua empresa. Legalmente não existe nada que impeça as exibições, já que uma decisão liminar da justiça criciumense permite que Carminati prossiga com seu projeto de divulgação. O departamento jurídico da Sunshine encaminhou para a 3ª Vara Cível de Criciúma documentos contestando a liminar, que, até segunda-feira à tarde, não havia sido revogada.
O setor jurídico da produtora pede também ao juiz da corte do estado de Nova York, acesso às futuras receitas, despesas e lucros. A Sunshine não divulgou qual o percentual que tem direito sobre a comercialização da obra.
- Atualmente, as leis e tratados internacionais sobre direitos autorais respaldam as reivindicações legais neste sentido aqui exposto já que são objeto de processos judiciais na área civil - declara Jeffrey Marcus, chefe da equipe jurídica da produtora Sunshine.
A associação entre Carminati e Chagas é uma das mais desastrosas parcerias cinematográficas de que se tem notícia no Estado. A ideia da coprodução era trazer tecnologia e divulgar as belezas de Santa Catarina nos EUA por meio da comédia romântica, que foi rodada em Florianópolis e Boston.
A proposta entusiasmou tanto o ex-governador e atual senador Luiz Henrique da Silveira e o então ex-secretário de Turismo, Cultura e Esportes Gilmar Knaesel que R$ 1,2 milhão do Funturismo foi liberado para a produção da obra.
A Influência Filmes prestou contas, que foram aprovadas pelo governo, com algumas restrições, e depois encaminhadas ao Tribunal de Contas.