Manifestantes pedem mais segurança no transporte de passageiros e comerciantes nas rodovias do Estado. A manifestação, que aconteceu na noite deste domingo (1º), contou com comerciantes, motoristas e agentes das empresas de escolta armada e foi motivada após a morte de Paulo Roberto Coelho, de 30 anos, segurança de Joinville baleado enquanto fazia a escolta de dois ônibus que seguiam de Pelotas, no Rio Grande do Sul, até a Capital Paulista.

Continua depois da publicidade

De acordo com os manifestantes, os ônibus fretados – que geralmente tem como destino São Paulo – vêm sendo abordados por criminosos nas rodovias semanalmente. Os assaltos acontecem, geralmente, na divisa entre os Estados. Os comerciantes temem porque viajam com dinheiro para comprar mercadorias e acabam com os itens subtraídos mediante violência.

O comerciante Mário Dias faz o trajeto a São Paulo toda semana. Há cerca de quatro anos, o ônibus em que ele estava foi assaltado no caminho a Capital Paulista. .

— Acabaram entrando no nosso ônibus, batendo nas pessoas, mandando tirar roupa. É triste e assustador, teve gente que nunca mais viajou depois disso — menciona o comerciante.

Aos passageiros que continuam buscando mercadorias em São Paulo, muitos viajam com medo e tentam se precaver antes de embarcar no ônibus na tentativa de planejar ações caso aconteça algum tipo de crime no caminho, como esconder as quantias de dinheiro ou ainda não viajar com o montante se for possível.

Continua depois da publicidade

O protesto foi realizado na noite deste domingo (1º) e contou com 35 ônibus com passageiros do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, que saíram de Joinville e viajaram juntos até São José dos Pinhais, no Paraná. A intenção foi chamar a atenção para os perigos deste trajeto. Conforme os motoristas, nem a presença de escoltas armadas tem reprimido a atuação dos criminosos.

— Antigamente com escolta você viajava tranquilo, hoje mesmo com escolta já tem acontecido vários assaltos — afirma o motorista José Alcione Ramos, que faz as viagens até são Paulo há cerca de 15 anos.

Protesto aconteceu após morte de segurança em assalto ocorrido na última semana
Protesto aconteceu após morte de segurança em assalto ocorrido na última semana (Foto: PRF/Divulgação)

Morte violenta

Assim como a morte de Paulo, ocorrida na última semana, os manifestantes também afirmam que as investidas dos criminosos têm ficado mais violentas, como a ação contra o segurança joinvilense. Ele foi morto com pelo menos três disparos após uma troca de tiros com os criminosos.

A situação tem se agravado também pelo tipo de armamento que os assaltantes tem usado pela violência na abordagem das vítimas.

Continua depois da publicidade

— Dos últimos (assaltos) que tiveram, eles chegaram atirando. A escolta para, eles param em seguida e ficam atirando na escolta, atirando pra matar mesmo. É tiro de fuzil pra cima — garante Éuder de Souza, agente de escolta armada.

Leia mais notícias sobre Joinville e região.