O empresário argentino Gustavo Pierini, de 67 anos, fez a maior doação já recebido pela Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP): 1 milhão de dólares, equivalente a quase R$ 6 milhões. Ele já é conhecido pela filantropia educacional, doando bolsas para estudantes brasileiros no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), uma das mais conceituadas universidades dos Estados Unidos. As informações são do Estadão.

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A atuação com filantropia educacional surgiu na década de 1980, quando Pierini já era formado em três engenharias (Naval, Mecânica e de Sistemas) por universidades públicas da Argentina. O desempenho fez ele conquistar uma bolsa Fullbright, que o ajudou a bancar o mestrado em Ciências da Administração no MIT.

Logo após a graduação, deu os primeiros passos na filantropia. Primeiro, doava cerca de 100 dólares por ano, mas os valores foram crescendo à medida que ele avançava na carreira.

Nos Estados Unidos, fundos de doações (endowments) são comuns e responsáveis por financiamentos em instituições como Harvard, Princeton, Stanford e Yale. No Brasil, uma lei de 2019 deu diretrizes para criar estes fundos e cada vez mais instituições brasileiras adotam endowments.

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A chegada de Pierini ao Brasil veio após o mestrado e passagens pelos escritórios de Boston, Nova Iorque, Madri, Lisboa e Buenos Aires, até chegar em São Paulo, quando trabalhava na consultoria financeira McKinsey. Em solo brasileiro, participou de projetos como a criação da Ambev e Inbev.

Em 2011, o empresário criou o Gustavo Pierini Fellowship, que anualmente financia o mestrado de um estudante brasileiro ou argentino no MIT. A seleção envolve um processo seletivo diretamente com a instituição, sem interferência do doador.

Ele criou ainda um fundo que dá bolsas a alunos estudarem Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática em uma instituição argentina, e doou um terreno para a expansão do instituto.

O empresário já era um dos maiores doadores do fundo Amigos da Poli, o endowment da Escola Politécnica da USP. Mas, em novembro, doou o equivalente a quase R$ 6 milhões, o colocando na categoria inédita de “doador visionário”. O objetivo é iniciar o levantamento de, ao todo, R$ 165 milhões, que deve ser usado para o programa uspiano de pesquisa e desenvolvimento que tem seis áreas transversais, que une departamentos com foco em mitigação do aquecimento global, energias renováveis, mobilidade, infraestrutura sustentável, transformação digital e ciência da aprendizagem.

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