Nem o militante mais entusiasmado poderia imaginar uma semana de tanta efervescência política na pequena Xavantina, cidade com pouco mais de 4 mil habitantes do Oeste catarinense. Em três dias, o município teve três prefeitos – e o atual não deve permanecer no cargo por mais de 96 horas.

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Liminar garante retorno de prefeito e vice aos cargos em Xavantina

Prefeito e vice-prefeito de Xavantina são afastados dos cargos

Nesta sexta-feira, conforme medida cautelar obtida junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o prefeito Mauro Poletto (PT) e o vice José Dal Bosco (PT), afastados na quinta-feira por decisão do Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina (TRE-SC), deveriam reassumir os postos na prefeitura. Já o presidente da Câmara Hélio Domingos Sordi (PP), que estava como prefeito interino, voltaria ao Legislativo.

Porém, a ação específica que originou a liminar que devolvia o poder aos petistas tinha como autor apenas o vice Dal Bosco e não citava o nome do Poletto. Com isso, o setor jurídico da Câmara de Vereadores protocolou somente o retorno do vice, que foi empossado prefeito em sessão emergencial da Câmara na noite da última sexta-feira – o que segue a hierarquia do Executivo e a Lei Orgânica do município.

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A expectativa e o entendimento da defesa do prefeito eleito Mauro Poletto é de que a decisão atinge os dois políticos e que, até terça-feira, deve chegar a Xavantina a liminar também com o nome dele. Cassados pelo TRE por compra de votos e abuso de poder, Poletto e Dal Bosco conseguiram, nesta cautelar do TSE, garantir a permanência nos cargos até o julgamento do último recurso junto ao próprio tribunal. Isso deve ocorrer no fim de agosto.