Sem vencer na primeira rodada do Brasileirão, a dupla Gre-Nal perdeu a oportunidade de derrotar adversários que lutam mais para não cair do que para ficar entre os primeiros. Um começo ruim no campeonato em que, mesmo sem ter um grande favorito ao título, cada jogo deve ser tratado como uma decisão. É triste, pois os pontos perdidos agora poderão fazer muita falta lá no final.
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Além da derrota e do empate, Inter e Grêmio começaram o Brasileirão levando seis gols. Trata-se de um início extremamente preocupante. Tudo bem que o Inter estava com os reservas, mas mesmo assim é inadmissível uma arrancada desta forma. No caso do Grêmio, o maior problema é que o empate foi em casa, contra um time que admite brigar para ficar apenas entre os 10 primeiros. E o Tricolor estava com os titulares.
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A sorte da dupla Gre-Nal é que não há grandes times neste Brasileirão. Mais uma vez nosso campeonato nacional está limitado por baixo, sem ter um grande favorito.
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Mesmo assim, destaco sete equipes em boas condições de brigar pela taça do Brasileirão: Corinthians, Cruzeiro, Atlético-MG, Santos, São Paulo, Palmeiras e Inter. Com poucas chances, coloco Grêmio, Flamengo, Fluminense e Vasco. E outros nove acho que vão lutar para ficar entre os 10 primeiros e para não cair. No entanto, esses vão tirar muitos pontos de quem lutará pelo título ou por vaga na Libertadores. Foram os casos dos adversários da dupla Gre-Nal na rodada deste fim de semana: Ponte Preta e Atlético-PR.
Costumo dizer que cada jogo do Brasileirão tem que ser tratado como se fosse uma decisão. São três pontos fundamentais que estão em jogo e, caso não sejam conquistados, certamente farão falta no final da disputa. Pois nestas primeiras decisões, a dupla Gre-Nal já perdeu cinco pontos. É triste iniciar o campeonato desta forma, mas o futebol é assim. Do outro lado também tem gente querendo o mesmo.
Para evoluirmos, no caso do Grêmio, só as contratações salvam. O grupo é limitado. Felipão tem opções previsíveis de troca e que pouco acrescentam. Os cuidados com a contenção de gastos não podem ser maiores do que com a formação de um time competitivo. No caso do Inter, já que Aguirre segue apostando muito nos reservas, cabe identificar alguns atletas que não podem atuar no time suplente. E o fim de semana, mais uma vez, mostrou isso. Até porque agora não é mais Gauchão.
É Brasileirão, que o Inter não ganha desde 1979.