O Uruguai das ideias progressistas de Pepe Mujica, dos bons vinhos, da comida farta, maconha legalizada, agitada vida noturna e das charmosas praias está na moda. Para os gaúchos então, que vivem bem próximos a ele (800 km entre Porto Alegre e Montevidéu), vem se tornando um destino cada vez mais cobiçado em festas como o Réveillon.

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Prova disso é a intensa procura pelo peso, a moeda do país vizinho, nas casas de câmbio da Capital. Em algumas delas (veja no final da reportagem), conforme apurou ZH, o estoque não foi suficiente na semana entre o Natal e a véspera do Ano-Novo. A cotação varia entre 13 e 15 centavos.

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A alternativa, nesse caso, é viajar com reais ou dólares, o que, em princípio, é uma desvantagem, segundo especialistas. Isso ocorre porque toda conversão de uma moeda em outra acarreta perdas, como explica Régis Radin, superintendente da rede Cotação Corretora de Câmbio, que tem mais de 60 lojas no Brasil:

– A troca do real por dólar é a primeira perda; do dólar por peso, a segunda. O ideal é chegar no país com a moeda local em mãos. Se não for possível, o melhor é levar real e comprar peso no Uruguai. Todas as casas de câmbio de lá aceitam.

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Para um dos sócios da Câmbio Ideal, loja de Porto Alegre que trabalha no ramo, o brasileiro ainda não sabe se planejar e acaba perdendo dinheiro. Lucas Rech ressalta que o peso é considerado uma moeda exótica – sazonal, ao contrário do euro e dólar – e não está sempre disponível. Por isso, antes de uma viagem, é necessário reservar a quantia pretendida:

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– Antigamente se podia comprar pessoalmente, com um documento. Agora, só carro-forte transporta, e às vezes falta mesmo. Planejar é essencial.

IOF de 6,38%

Os viajantes que não conseguiram adquirir pesos ou não querem carregar muitas notas na carteira podem recorrer aos cartões de crédito ou pré-pagos, que cobram uma taxa de 6,38% de Imposto sobre Operações de Crédito, Câmbio e Seguros (IOF). O mesmo IOF custa somente 0,38% na troca de moedas físicas. A vantagem da primeira opção, de acordo com Régis Radin, é a praticidade:

– Eu recomendo a carregar uma parte em notas e outra no cartão.

Veja a situação das principais casas de câmbio de Porto Alegre:

Prontur (Centro e Moinhos de Vento)

Tinha apenas 8 mil pesos disponíveis nesta terça-feira

Executive (Higienópolis)

Estava em falta até a segunda-feira. Chegou a ficar uma semana sem a moeda

Câmbio Ideal (Auxiliadora)

Há quatro dias sem pesos para comercializar

Victória Turismo e Câmbio (Passo D’Areia)

Já prevendo a escassez, se organizou para o reabastecimento permanente

Sealand Câmbio (Centro Histórico)

Restam quase somente notas altas

Cotação (Aeroporto Salgado Filho)

Tem estoque disponível. Orienta a reserva com antecedência, se possível

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