Com 51,35% dos votos válidos, o candidato à reeleição Raimundo Colombo (PSD) venceu a disputa ao governo de Santa Catarina no primeiro turno das eleições, com 98,44% das urnas apuradas.

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Em entrevista às 20h deste domingo, no auditorio do Colégio Santa Rosa de Lima, em Lages, Colombo declarou estar profundamente agradecido e emocionado:

– Só tenho a agradecer o gesto extraordinário do catarinense, que nos dá essa oportunidade pela segunda vez. Assim se pode fazer mais e melhor.

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A vitória vem após mais de três meses de disputa sem que seus adversários diretos, Paulo Bauer (PSDB) e Claudio Vignatti (PT), ameaçassem a liderança do lageano nas pesquisas de intenção de voto.

Foto: Pablo Gomes/Agência RBS

O cenário acabou se concretizando nas urnas, apesar de um desempenho maior do que o esperado entre seus adversários: Bauer teve 29,97% e Vignatti 15,50% dos votos válidos.

– Comecei a fazer contas, achei que não ia dar no primeiro turno, que teria que trabalhar ainda mais em um segundo. Fiquei nervoso, ansioso. no final comecei a perceber que ia dar. Acabou dando tudo certo – relata Colombo sobre a expectativa durante a apuração.

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A comemoração da vitória está marcada para a praça central, em Lages, colégio eleitoral que é o domicílio do governador. Às 14h desta segunda-feira, Colombo assume o governo novamente.

– A gente vai continuar trabalhando juntos para fortalecer o enfrentamento contra os atentados – finaliza.

Composição política do Estado

Além da vitória em primeiro turno, as urnas também oferecem a Colombo uma nova composição política, especialmente na Assembleia Legislativa. Se em 2010, o governador tinha o respaldo de três grandes bancadas – o DEM, o PMDB e o PSDB somavam 23 dos 25 deputados estaduais da bancada governista inicial.

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Na configuração eleita neste domingo, Colombo pode contar com 19 parlamentares do PSD e do PMDB, completando uma base de 24 deputados que reúne ainda PR, PDT e PCdoB. Por outro lado, os adversários vem enfraquecidos. Ex-governistas, PSDB e PP viram suas bancadas diminuírem, assim como o PT, que fez oposição em todo o primeiro mandato.

Inicialmente, o Centro Administrativo não deve trazer de volta à base governista tucanos e pepistas. As negociações para ampliar a maioria na Assembleia devem ser feitas diretamente com parlamentares e partidos menores.

É nesse cenário que o governador pretende discutir projetos estruturais como o plano de gestão para reduzir a estrutura das empresas estatais e uma reforma da previdência. Outra expectativa é de apresentar mudanças na máquina estatal – o próprio Colombo já sinalizou, por exemplo, com a extinção da Secretaria Regional da Grande Florianópolis.

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