O sistema de saúde de Itajaí vive uma crise no início de 2025, com sobrecarga de unidades, falta de profissionais e uma disputa de narrativas entre a atual e a gestão anterior. O município disse buscar soluções urgentes para enfrentar o que chamou de colapso. Entre os serviços comprometidos, estão os serviços de limpeza, contratação de profissionais terceirizados, locação de equipamentos e até manutenção dos ares-condicionados.

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Na última terça-feira (9), em coletiva de imprensa, a atual administração, sob o comando de Robison Coelho (PL), anunciou medidas emergenciais, como contratações temporárias, ampliação do horário de atendimento nos postos de saúde e reabertura de unidades fechadas.

A atual gestão reforçou o compromisso de normalizar os serviços de saúde o mais rápido possível e pediu paciência e compreensão à população durante o período. Entidades de classe e a sociedade civil organizada têm se mobilizado para acompanhar de perto as ações do poder público e garantir que as medidas anunciadas sejam efetivamente implementadas.

— A Secretaria foi deixada com mais de 15 contratos essenciais vencidos, sem possibilidade legal de renovação. Estamos enfrentando uma situação crítica — afirmou a secretária de Saúde, Mylene Lavado. Segundo ela, um plano ação para assegurar a continuidade dos serviços e evitar o colapso do sistema público de saúde está em desenvolvimento.

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O ex-prefeito da cidade, Marcelo Sodré, reconheceu que alguns contratos estavam prestes a vencer, mas disse que a atual gestão foi comunicada da situação da pasta.

— Realmente, existiam contratos prestes a vencer ou que venceriam, mas durante o período de transição, tudo foi colocado às claras para a equipe que o prefeito colocou na linha de frente. Apresentamos os contratos, os vencimentos e perguntamos se queriam que a gestão anterior iniciasse o processo de licitação para evitar atrasos. Não foi solicitado nada. Temos atas das reuniões comprovando isso — afirmou.

Ainda segundo o ex-prefeito, Itajaí sempre foi referência em saúde pública, com investimentos significativos. Sodré disse que a atual administração iniciou o mandato com um orçamento total de R$ 3 bilhões e R$ 70 milhões em caixa livre para emergências. A atual gestão confirmou o valor, e informou que, para a saúde, o previsto em arrecadação é de R$ 662 milhões. Este é o orçamento para o ano inteiro, e uma estimativa do que deve entrar para o município.

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