Aos menos sete testemunhas, sendo três de defesa e quatro de acusação, foram ouvidas nesta terça-feira no júri popular dos acusados do assassinato da agente penitenciária Deise Alves, 30 anos, no Fórum de São José. O julgamento acontece com a presença de grande efetivo da Polícia Militar, que faz a segurança dentro e fora do local.
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Entre os ouvidos até o fim da tarde estava o ex-diretor da Penitenciária de São Pedro de Alcântara e marido de Deise, Carlos Alves. Também prestaram depoimento dois delegados de polícia que na época trabalhavam na Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), um perito, um agente da Polícia Civil, um perito e uma testemunha protegida.
A assessoria do Tribunal de Justiça de Santa Catarina informou que a previsão é que às 22h a juíza Marivone Koncikoski Abreu suspenda o julgamento e retome os trabalhos às 8h de quarta-feira. Mas essa decisão ainda seria avaliada pela magistrada, pois ainda faltavam depoimentos dos cinco réus. Depois disso, será a fase de debates entre acusação e defesa.
Deise foi morta a tiros na noite de 26 de outubro de 2012 ao chegar em casa, no bairro Roçado. A Polícia Civil apurou que na verdade o alvo dos bandidos era o marido dela, o então diretor da Penitenciária de São Pedro de Alcântara, Carlos Alves. Segundo a polícia e o Ministério Público, os chefes da facção Primeiro Grupo Catarinense (PGC) ordenaram a execução em razão do corte de regalias que Carlos liderava na penitenciária, conhecida como quartel-general porque abrigava os principais líderes.
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Segundo o coronel Araújo Gomes, comandante da 11ª Região da PM, até às 22h o julgamento transcorria dentro da normalidade e sem nenhum incidente. De noite, a PM também mobilizará efetivo para a segurança do local onde ficarão os jurados.
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