O homem que foi flagrado em uma câmera de monitoramento abandonando um bebê embaixo da marquise de um comércio em Joinville se apresentou à polícia na manhã desta quarta-feira. O episódio aconteceu na madrugada do último sábado.
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O empresário de Joinville, Antônio Carlos Gomes, de 44 anos, é suspeito não só de abandonar a criança, mas de tentar matar a mãe dela em Rio Negrinho. A mulher de 22 anos teria sido agredida e jogada de uma ponte de 20 metros de altura. A jovem foi encontrada debilitada, às margens do rio, na manhã de sábado.
Bebê é abandonada debaixo de marquise em Joinville
Antônio, que seria o pai da criança, confessou ter agredido a mulher, mas negou ter jogado ela da ponte. Ele relatou que estava atendendo o pedido dela de levá-la para visitar a família no Paraguai. No meio do caminho, eles teriam brigado e ele alega que perdeu a cabeça. O momento de desespero também foi o motivo para fazê-lo abandonar a criança.
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– Ele confessou ter agredido a vítima com golpes manuais e com uma pedra e negou que tinha a intenção de matá-la. Disse que ela estava ameaçando com pensão alimentícia e que contaria (sobre o envolvimento deles) para a mulher (suposta esposa). Na versão dele a intenção era abandoná-la no local como forma de castigo e que ela teria se jogado no rio. Disse que estava arrependido e que abandou o bebê num momento de besteira – descreveu o delegado que tomou o depoimento, Gustavo Muniz Siqueira.
O arrependimento não foi o suficiente para impedir a prisão. Antônio deve ser indiciado por tentativa de feminicídio e abandono de incapaz. Ele já foi encaminhado para o Presídio de Mafra onde cumpre a prisão preventiva decretada pela Justiça. A investigação continua sendo conduzida pela delegacia de Rio Negrinho, onde iniciou o caso.
A mãe do bebê que foi vítima das agressões recebeu atendimento médico e foi ouvida pela polícia. Ela contou que teve um relacionamento com Antônio no ano passado mas que ele nunca aceitou a criança.
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Na versão da vítima, o homem a teria convidado para visitarem os parentes dela no Paraguai, na noite da última sexta-feira. Ele teria parado o carro em Rio Negrinho com a desculpa de ir ao banheiro quando supostamente começaram as agressões. A mulher contou que foi colocada no porta-malas de mãos atadas e que teria sido agredida com marteladas. Antônio ainda teria batido a cabeça dela contra a cabeceira da ponte e a teria jogado no rio.
Você se reconhece em alguma dessas situações de violência contra a mulher?
Dois pescadores relataram à polícia que ouviram uma mulher dizendo aos gritos que não sabia nadar e em seguida ouviram algo pesado caindo na água. Com medo, eles caminharam em meio à vegetação até uma empresa mais próxima para chamar o socorro. O vigilante da empresa atendeu ao pedido dos pescadores e acionou a polícia. A mulher foi encontrada por volta de 6 horas da manhã.