Se a ideia é chegar ao verão com uma aparência diferente – aqui leia-se: um seio maior, um nariz menor, uma cintura mais fina – tire proveito do inverno para entrar na sala cirúrgica. O frio, sem dúvida, é o melhor amigo do pós-operatório.

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– Essa etapa é tão importante quanto a própria cirurgia, pois pode comprometer todo o

resultado – alerta o cirurgião plástico Zulmar Accioli de Vasconcellos.

Uma das principais vantagens é que até chegar o verão, o corpo estará recuperado e pronto para o biquíni ou a sunga. Além disso, algumas etapas do pós-operatório são mais fáceis de serem cumpridas no frio. O repouso é uma delas. Com as temperaturas mais baixas, as pessoas sossegam mais em casa.

Também é preciso evitar o sol, para não manchar a cicatriz. Outra vantagem é que cintas modeladoras, sutiãs cirúrgicos, bandagens e curativos ficam menos incômodos

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e mais bem disfarçados com roupas mais grossas.

– Durante o calor, a cicatrização é mais lenta e a dor é maior, sem contar que as pessoas estão mais inquietas – resume Accioli.

O cirurgião plástico Aristóteles Scipioni ainda alerta para o problema do inchaço causado pelo calor, o que não ocorre no inverno. Para uma recuperação mais rápida, ele sugere drenagem linfática e o uso de cremes cicatrizantes.

NOVIDADES DESTE INVERNO

Quem tem um certo receio de encarar o bisturi, pode optar por duas técnicas de tratamento estético recém-trazidas ao Estado. É a lipoaspiração ultrassônica, menos traumática do que a convencional, e o laser fracionado, que elimina rugas finas e corrige imperfeições como cicatrizes de espinha e poros abertos.

A lipoaspiração ultrassônica dilui a gordura, sem danificar os vasos sanguíneos, por ondas de ultrassom. Depois, a gordura é retirada pela aspiração, feita por um tubo ou pela drenagem linfática, evitando o traumatismo e diminuindo as chances de hematomas. O procedimento, bastante usado nos EUA, é recente no Brasil.

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Para melhorar o aspecto da pele, a novidade é o laser fracionado. O método agiliza a

cicatrização.

– Trata-se de um peeling com melhores resultados e recuperação mais rápida, de dois

a três dias – explica a dermatologista Juliana Kida Ikino.

Por que é melhor no inverno?

? Pálpebra: é preciso repousar nas primeiras 72 horas. Após isso, poderá retornar à leitura e assistir TV. O inchaço some por completo ao final de sete dias e lentes de contato são proibidas por duas semanas.

? Bumbum: pós-operatório é curto, porém dolorido. As atividades normais são liberadas somente depois de 20 ou 30 dias.

? Implante capilar: é recomendado usar boné, gorro ou chapéu por um mês. Durante o verão, o calor pode abafar a região da cabeça, dificultando a cicatrização e causando a

perda de microenxertos.

? Rosto e pescoço: o inchaço começa a diminuir depois da terceira semana, podendo aparecer hematomas. A pessoa poderá voltar às atividades físicas somente depois de

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um mês. Banhos de sol estão proibidos durante seis meses.

? Lipoaspiração: é preciso usar cinta modeladora por até 45 dias. O pós-operatório

é dolorido.

? Implante de silicone e lifting mamário: requer repouso absoluto de três dias. É necessário o uso de um sutiã cirúrgico durante uma semana. A pessoa não pode fazer esforço físico.

? Orelha: o paciente usa uma atadura durante 24 horas e, pelos 30 dias seguintes, uma bandana para proteger a orelha operada.

? Nariz: depois de 48 horas, o paciente já pode sair de casa, mas o rosto estará

inchado, com manchas roxas e gesso sobre o nariz. Atividades físicas, somente

após três meses.

Fonte: Zulmar Accioli de Vasconcellos