Ainda sem receber o salário de novembro, trabalhadores do Hospital Florianópolis – contratados pela Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina (SPDM) – começaram nesta sexta-feira paralisações de duas horas no período da tarde, das 15h às 17h e no período da noite, e anunciam greve, na próxima segunda-feira. Uma comissão de negociação foi formada entre diretoria do SindSaúde/SC e trabalhadores da unidade.
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A diretora de Relações Intersindicais, Edileuza Garcia Fortuna, afirma que esse é o oitavo atraso este ano. Os salários deveriam ter sido pagos na quinta-feira (quinto dia útil de dezembro). Em entrevista ao Notícia na Tarde, Edilzeuza reclamou também da falta de material básico, como seringas e luvas. “Infelizmente, a falta de responsabilidade do Estado e SPDM gera dano aos trabalhadores”, afirma.
A pauta de reivindicações da greve tem quatro pontos:
1) pagamento do salário em atraso e multas pendentes;
2) garantia de emprego na transição da gestão do Hospital, e garantia inclusive de opção de ser demitido aqueles trabalhadores que assim optarem;
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3) melhoria nas condições de trabalho, em equipamentos, insumos;
4) apresentação de cronograma de transição.
Em novembro deste ano, os trabalhadores só receberam depois de anunciarem o estado de greve.
Em Santa Catarina, além do Hospital Florianópolis, a SPDM administra o SAMU – que está com o contrato sendo analisado pelo governo do Estado– e o Hospital de Araranguá, onde cerca de 300 trabalhadores também entraram em greve em novembro por não receberem seus salários. Na noite de quinta-feira, funcionários do Samu protestaram em frente ao Ticen.
Ouça a entrevista com a diretora de Relações Intersindicais: