Foi com lágrimas que o atacante Wellington Paulista se despediu da Chapecoense, em entrevista coletiva nesta segunda-feira, na Arena Condá. O jogador tinha contrato até o final do ano mas o clube o liberou para assinar com o Fortaleza.
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– Não partiu de nós, outro clube procurou o jogador e seu empresário. Ele chegou num momento muito difícil, ajudou na reconstrução de um time e fez algo que era impossível, de reconstruir uma história de forma tão rápida, com bicampeonato catarinense, Libertadores e oitavo lugar no Brasileiro – disse o presidente, Plinio David de Nes Filho.
A direção deu uma camisa ao jogador e agradeceu pelo que o jogador fez pelo clube. Foram 117 jogos oficiais e 30 gols. Contando amistosos e os jogos do Sub-23 foram 36 gols marcados.
O jogador estava emocionado e chegou a chorar, lembrando da alegria das conquistas mas também de momentos difíceis, como quando foi afastado do grupo principal, com o técnico Guto Ferreira, sendo “rebaixado” para o sub-23.
– É difícil, não sei se é felicidade ou mais tristeza por estar me despedindo dos meus amigos. É uma amizade que não é só dentro de campo. É uma cidade inteira que me apoiou, que me ajudou nas horas difíceis. Quando fiquei afastado me apoiaram. É ruim uma despedida dessas. Claro que estou feliz com o novo clube. Agradeço todo mundo de coração. O mais importante é que fizemos história e me despeço desse clube de cabeça erguida. – disse o atacante.
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Ele foi importante não só no título Catarinense de 2017, mas também nas campanhas do Brasileirão. Em 2017, quando teve um jejum de 26 jogos sem marcar, acabou se recuperando e fez nove gols na competição nacional, ajudando o clube a ser campeão do returno e conquistando vaga na Libertadores.
– O que mais me marcou foi no final de 2017, como aconteceu tudo, a reação que nós tivemos. Foi algo histórico para a Chapecoense e muito grande. Ficou marcado na nossa pele – lembrou.
No ano passado, após o afastamento, voltou a pedido de Claudinei Oliveira e do grupo de jogadores e, em sua reestreia, marcou o gol da vitória sobre o América-MG, que foi decisivo para o time não ser rebaixado.
Quando foi anunciada a negociação com o Fortaleza muitos torcedores manifestaram o reconhecimento ao atacante, que sempre foi muito dedicado nos jogos, às vezes jogando fora de posição e sempre ajudando também na marcação.
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Wellington Paulista era um líder e motivador dentro do vestiário. Disse que passou essa missão agora para os jogadores mais experientes e que agora será mais um torcedor da Chape. Mas também pediu que todos abraçassem mais o clube.
A saída do jogador alivia momentaneamente a folha salarial, pois seu salário era superior a R$ 100 mil, mas a direção terá que repor sua saída no mesmo patamar.