Dois dias após ser afastado pela diretoria da Chapecoense e colocado para treinar à parte do elenco principal, Wellington Paulista quebrou o silêncio nesta quinta-feira. Em nota oficial via assessoria de imprensa, o atacante disse buscar resposta para entender os motivos que o levaram a se tornar “imprestável, descartado e encostado” no clube.
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– O momento que estou passando é difícil, inexplicável e sem nenhum motivo aparente, pois nada me foi passado, e por incrível que possa parecer há 20 dias eu era um atleta inegociável e neste momento passo a ser um atleta imprestável, descartado e encostado. O que será que pode ter acontecido em 20 dias, sinceramente ainda busco uma resposta – diz o jogador em um dos trechos da nota.
O período destacado por Wellington Paulista coincide com a troca de comando técnico. Após maus resultados, Gilson Kleina deu espaço para o retorno de Guto Ferreira. Com o primeiro, o atacante não apenas era titular absoluto, mas também usava a faixa de capitão. Nesta temporada, ele disputou 37 jogos, marcou 11 gols e recebeu 12 cartões amarelos.
Com contrato até o final de 2019 com a Chape, Wellington Paulista vai treinar com o elenco sub-23 do clube. A diretoria do Verdão disse que o empréstimo do jogador para outros times, no momento, está descartado.
Abaixo a nota oficial na íntegra:
“Hoje foi um dia diferente na minha carreira. Fiz meu primeiro treino longe dos meus companheiros e quando escolhi estar neste projeto da Chapecoense isso não fazia parte dos meus planos.
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Estou no clube desde o início da temporada de 2017 e participei da reconstrução de uma equipe abalada por um desastre. Conquistamos o bicampeonato catarinense, fizemos uma campanha marcante na Libertadores de 2017 e histórica no Campeonato Brasileiro do mesmo ano, em que tivemos uma arrancada incrível para a conquista do título do segundo turno e a classificação para Libertadores 2018.
Aprendi a amar esse clube, essa torcida e essa cidade, dei a vida dentro de campo e neste período foram mais de 100 jogos e aproximadamente 30 gols. Em 2018 me tornei artilheiro do time com 11 gols e também recebi propostas para deixar o clube, mas fiz questão de renovar recebendo um salário menor para seguir no projeto que tinha escolhido. Na vida nem sempre devemos colocar questões financeiras em primeiro lugar, mas sim nosso bem estar, alegria e felicidade.
Este ano eu cheguei a jogar machucado, na partida contra o Corinthians, pela Copa do Brasil, para ajudar o treinador que tinha acabado de chegar e estava sem atacantes disponíveis. Da mesma forma que aconteceu ano passado, quando joguei três partidas com uma lesão grau dois na panturrilha sempre pensando no coletivo.
O momento que estou passando é difícil, inexplicável e sem nenhum motivo aparente, pois nada me foi passado, e por incrível que possa parecer há 20 dias eu era um atleta inegociável e neste momento passo a ser um atleta imprestável, descartado e encostado. O que será que pode ter acontecido em 20 dias, sinceramente ainda busco uma resposta.
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Gostaria de reiterar que vou seguir cumprindo as minhas obrigações profissionais no time de aspirantes, até o final do meu contrato, da mesma forma que me dediquei até este momento nos profissionais. Quero aproveitar para agradecer a todas as mensagens enviadas com palavras de carinho, conforto e consideração”.
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