Uma cidade vestida de vermelho e branco: sem abandonar a euforia mesmo com a derrota na final da Copa do Mundo contra a França (4-2), Zagreb recebe nesta segunda-feira a seleção da Croácia, que retorna ao país após o histórico vice-campeonato na Rússia.

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“Levantem as mãos, Croáaaaacia!”, grita um animador para a multidão, enquanto o avião com os jogadores, escoltado por dois Mig-21 da Força Aérea sobrevoa a praça Jelacic, onde milhares de pessoas estão há horas reunidas para ver de perto Luka Modric, Ivan Rakitic e companhia.

“Joga minha Croácia! Quando te vejo, meu coração explode!”, canta a multidão para matar o tempo de espera, agitando as bandeiras ao vento.

Muitos dos presentes usam a camiseta com os característicos quadriculados vermelhos e brancos.

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Nos telões instalados no lugar, os torcedores podem ver a chegada da equipe ao solo croata depois de sua aventura em terras russas.

O desembarque dos heróis começa no aeroporto de Franjo Tudjman.

Nos telões, se vê Modric na passarela do avião e a multidão começa a comemorar na praça central de Zagreb.

O animador grita: “Luka…!” e o resto começa a relacionar os integrantes da seleção: “¡Modric!”, “Mario!”, “Mandzukic!”, “Lovren!”…

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Mais de 100.000 pessoas se reuniram nesta segunda-feira nas ruas do centro de Zagreb para participar nas boas-vindas aos ‘Vatreni’, segundo a imprensa local.

Muitos esperando há muitas horas, apesar do calor.

Os transportes serão gratuitos durante todo o dia para facilitar a circulação dos torcedores.

Os habitantes de Zagreb não realizavam uma festa popular de tal dimensão desde uma manifestação contra o primeiro presidente da Croácia, Franjo Tudjman, em 1996, ou desde a volta ao país do general Ante Gotovina, absolvido pelo Tribunal Penal Internacional de Haia em 2012 e considerado pelos croatas como um heroi da guerra da independência contra as forças sérvias.

Nos prédios da praça de estilo austro-húngaro foram colocadas imensas bandeiras do país.

Crianças, idosos, habitantes do lugar ou vindos de outras partes e até estrangeiros: o clima era festivo, com todo um povo disposto a comemorar, apesar de não ter levado o troféu do Mundial.

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“É asssim que amamos a Croácia”, afirma um cartaz.

– “Episódio incrível” –

“Decidi fechar meu consultório hoje para receber nossos heróis”, explica a médica Sanja Klajic. “Coloquei um aviso que dizia: neste 16 de julho de 2018, fechado por nossos Vatreni”, conta.

“Vimos um episódio incrível de nossa história. Tinha que estar aqui para festejar com nossos meninos”, se entusiasma Jure Pavlicic, de 47 anos, vindo de Vinkovci (leste) para esta ocasião.

Os jogadores devem circular pela praça em um ônibus descoberto, mas encontram dificuldade de passar ante a maré humana que encontra pelo trajeto.

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“Venham para cá, é o melhor lugar”, avisa uma mulher para a amiga que está um pouco distante, e ansiosa por ver o desfile dos jogadores de perto.

“Em cem anos, ainda se falará desses rapazes”, afirma Jure, uma aposentada de 67 anos, visivelmente orgulhosa.

* AFP

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