Em 2003, antes de fazerem sucesso na internet e na TV, quatro amigos iniciantes na comédia se juntaram para criar um espetáculo de esquetes de improvisação. Nascia o Z.É. (Zenas Emprovisadas). As apresentações começaram em teatros pequenos do Rio de Janeiro, mas logo conquistaram plateias maiores.

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Neste fim de semana, Gregório Duvivier, Marcelo Adnet, Fernando Caruso e Rafael Queiroga, nomes de destaque no humor brasileiro, chegam à Capital para duas noites no Teatro Pedro Ivo (a procura foi tão grande que haverá sessão extra no domingo). De fixo mesmo só o elenco, pois a ideia é fazer graça a partir de sugestões do público e do diretor convidado (em Florianópolis será Marcius Melhem), que propõem exercícios e desafios de improvisação.

Do Rio de Janeiro, ao final de uma gravação para o Porta dos Fundos, Duvivier conversou com o Anexo.

O que mudou ao longo desses 12 anos?

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A gente ama fazer essa peça porque somos muito amigos. Foi no Z.É. que descobrimos o prazer de viver do teatro. Ao longo desses anos, além de todo mundo ter engordado um pouco, a gente foi ganhando cada vez mais intimidade e rapidez, que são muito importantes no improviso. Cada um foi se achando como ator, ao mesmo tempo em que sempre há um risco. A graça do improviso é o risco, a sensação de que os atores podem se ferrar.

Como é a participação do público no espetáculo?

A plateia sugere o que a gente chama de “plataforma”: lugares, época, uma frase, uma palavra. O público dá as bases e é em cima delas que a gente “sola”. Mas só participa quem quiser.

E quem é o público do Z.É.?

Sentíamos falta de um espetáculo jovem, que tivesse a nossa cara. O público tem a ver com o Porta dos Fundos, é uma galera dos 20 aos 30, que não tem o hábito de frequentar teatro, mas vai ver o Z.É., vai ver stand-up. Eu não julgo o tipo de espetáculo a que as pessoas assistem. É bonito ver o teatro cheio, seja para o que for. O teatro é feito para isto: para estar cheio, comunicando.

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Vocês pretendem seguir em cartaz com a peça?

A ideia é fazer para sempre, até ficarmos velhinhos. E quando não conseguirmos mais ficar em pé, vamos fazer sentados!

O que você achou da repercussão do vídeo em você pede o impeachment do papa, ironizando a atual paranoia anticomunista no Brasil?

Fiquei muito surpreso. Em 24 horas o vídeo tinha mais de 2 milhões de visualizações. Quando você fala um absurdo na internet, as pessoas demoram para entender que é piada, porque a realidade virou uma piada. A revolta, muitas vezes, é pouco embasada e pouco direcionada, é gente que se diz “contra tudo o que está aí”. Conservadorismo, caretice, isso é um prato cheio para o humor.

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Agende-se

O quê: Z.É. (Zenas Emprovisadas)

Quando: 25 e 26 de julho (sábado 21h e domingo às 18h e às 20h )

Onde: Teatro Gov. Pedro Ivo, Rodovia SC-401, Km 5, 4600 – Saco Grande,

Quanto: R$ 80 inteira / R$ 40 meia. Assinantes do DC têm desconto de 50% com cartão do Clube do Assinante. à venda no Blueticket (blueticket.com.br), na loja Blueticket do Beiramar Shopping e nos teatros Pedro Ivo, Ademir Rosa CIC e Álvaro de Carvalho TAC.