Pouca gente sabe que uma catarinense “comandava” Galvão Bueno durante as transmissões na TV Globo. Mônica Ramos, nascida na maternidade Carmela Dutra, formada em jornalismo pela UFSC, teve a honra e a responsabilidade de coordenar as transmissões do maior ícone da comunicação esportiva da atualidade. Galvão se despediu das narrações do esporte da emissora e a partir de agora será a voz da Globo em projetos especiais.
A manezinha Mônica Ramos se formou em jornalismo na Universidade Federal de Santa Catarina no final de 1999. Em Florianópolis fez parte da equipe do esporte da TV Barriga Verde por cinco anos. Talentosa, a comunicadora foi chamada para trabalhar na BAND em São Paulo, onde ficou por dois anos. Depois teve uma passagem pela Record. Determinada e extremamente focada no trabalho, a profissional entrou na Globo em 2010.
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Seu primeiro trabalho com Bueno foi no ano seguinte, em 2011. Mônica e Galvão fizeram muitas transmissões do UFC juntos. Mas a relação mais próxima com o narrador começou mesmo nos jogos da seleção brasileira em 2018, função que exerceu até 2020. De lá pra cá, a manezinha passou a ser a pessoa na Globo a intermediar todas as demandas para o Galvão. Atualmente, Mônica é gerente de futebol e participou de todo o planejamento da Copa do Mundo, incluindo a despedida dele no domingo, dia 19.
Com muitas passagens ao lado do narrado, Ramos destaca o momento mais marcante, quando ligou pra Galvão pra dizer que iria coordená-lo em uma transmissão de seleção brasileira. Era a catarinense que ficaria no ponto dele fazendo essa coordenação. Mônica foi a primeira e única mulher a coordenar o Galvão em transmissão de futebol. No telefonema, Bueno perguntou: “Você está preparada pra narrar comigo?”. Segundo a jornalista: “É incrível coordená-lo porque ele confia cegamente no que você diz e a gente se sente mesmo parte daquela narração”.
Mônica Ramos também destaca a generosidade de Galvão. Numa noite, o narrador perguntou a catarinense: “Onde você tá indo jantar?”. A menina nascida em Floripa respondeu: “Estava indo encontrar um amigo no Baixo Gávea (local de bares e botecos no Rio de Janeiro)”. Galvão cravou: “Vou com você!” E lá ficaram até o bar fechar!