O ano está chegando a seu final e uma pergunta que não quer calar continua no ar:
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“Há o que comemorar?”.
A grosso modo acho que não. Ao pé da letra, a Chapecoense pode celebrar sua recuperação. Um time que custou para se classificar entre os oito primeiros de dez no campeonato estadual, e depois conquista o título, tem que comemorar sim.
Do campeonato estadual, na série B, para onde foi depois de cinco anos na elite, a Chape assume a liderança e vai pontuando e praticamente garantindo sua volta à série. Melhor ainda, vai talvez disputar o título com o América Mineiro.
Internamente o time do oeste continua em fase de recuperação financeira, a partir da administração do presidente Paulo Magro. O clube nunca chegou a patamares financeiros tão baixos como durante a queda do futebol para a série B.
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A Chape vive outro momento. E por isso mesmo, penso ser o único dos Catarinenses no futebol profissional que tem alguma coisa a comemorar neste final de 2020.
Quem mais?
O Figueirense entregue a pessoas que não tinham nada com a sua história quase foi ao fundo do poço. Felizmente, os velhos alvinegros acordaram, voltaram e agora tentam recuperar o clube preparando-o para o centenário em 2021.
No campo, não se pode exigir nada do alvinegro que sobrevive sabe-se lá como. Ele briga para não ser rebaixado a terceira divisão, uma herança deixada pela diretoria anterior.
E o Avaí?
Era o ano para dar certo a partir do estadual, mas não deu. O fato de sanear financeiramente o clube é positivo e vem acontecendo. Entretanto, o Avaí o que é mesmo? Futebol clube! E aí é que está o problema. O torcedor vive dos resultados do seu time, que é a única coisa que lhe é oferecida.
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Na verdade, o clube teve nomes respeitáveis. Qualquer time com condições contrataria os jogadores que o Avaí contratou. Mas, não houve o encaixe. Problemas com a Covid-19 são os mesmos que todos tiveram. Alguns jogadores não repetiram o que jogaram em outros times. O grande objetivo de voltar a série A parece estar adiado.
Numa avaliação final, não há nada a comemorar, embora os dirigentes estejam com a consciência tranquila, pela situação financeira do clube que aos poucos vai sendo colocada em dia Ainda existem muitas dívidas, mas estão bem controladas.
Houve inclusive uma decepção, porque com o time montado falou-se até em disputa pelo título da serie B.
A grande decepção
O Criciúma permanece na terceira divisão nacional. Disputou o estadual e não chegou a lugar nenhum. A série C foi outra decepção. O grupo montado tinha pouca qualidade. Uma administração que não decolou, mesmo com a vontade e paixão do presidente pelo clube e pelo futebol.
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O time viveu entre tapas beijos com a imprensa local. O produto final não aconteceu. Não restava ao presidente atual uma outra decisão a não ser deixar o clube neste final de ano. Chamou-se velhos e notáveis dirigentes criciumenses, mas a coisa ainda está indefinida. O ano termina cheio de incertezas no Estádio Heriberto Hulse.
Esperança?
Quando você está dentro de um clube sabe das dificuldades internas que as vezes não podem ser tornadas públicas. Fora do clube e com um microfone na mão, tudo é mais fácil. O resultado não vem, mas a crítica é implacável. O Joinville vai viver um fato inusitado em 2021.
Um radialista foi eleito para comandar o clube. Ele terá agora uma visão diferenciada da situação e a espectativa é para saber qual comportamento terá.
No mínimo, terá de agir com o bom senso que a situação exige, e com a dificuldade financeira, entre outros problemas que o JEC tem. Mas não com a emoção do resultado de momento em campo.
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O grande Joinville está na quarta divisão nacional e lá vai permanecer, por conta das campanhas muito fracas.
O Jec precisa voltar a ser forte como sempre foi, desde sua fundação em 1976. E que se dê um crédito de confiança para a nova diretoria que vai comandar o clube.
Queda brutal
Foi o Brusque o clube que mais chamou atenção do futebol catarinense em 2020. Se conquistar a vaga para a série B, tem tudo para comemorar num ano de tantas dificuldades.
Subiu da série D para a C e liderou em toda a sua fase de classificação. Além disso, foi vice campeão estadual, ganhou a Copa SC, a Recopa, foi o melhor catarinense na copa do Brasil, enfim, está faltando subir para a série B.
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Neste final de ano, houve uma queda brutal na performance do futebol. Chegou a ser goleado em casa por 8 a 1 pelo Volta Redonda. Está há 10 jogos sem vitória.
O presidente do clube, Danilo Rezini, foi eleito o dirigente do ano. O time tem uma folha mensal de salários que não vai muito além de 250 mil reais. E já revelou vários nomes para o cenário estadual e nacional. Chegar a série B seria o coroamento de um ano ruim para todos mas vitorioso para o Brusque.
É pouco
Para quem tinha no Tubarão um projeto de chegar até a série A do brasileiro, ele caiu para a segunda divisão do estadual. A bola da vez passou a ser o Marcílio Dias, que voltou a crescer em SC e está prestes a conseguir vaga a série C do Brasileiro.
O Hercílio Luz de Tubarão que vai nos dar um novo estádio de futebol. Já o Prospera retorna a série A do Estado com seu estádio, Mario Balsini, bem arrumado.
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São boas espectativas que se avizinham para 2021.
No geral e a rigor apenas a Chapecoense tem mesmo o que celebrar neste ano de 2020. Ouso dizer que o crescimento do Brusque foi importante.
No mais, pouco a somar e muito a diminuir.