Familiares de atletas e das demais vítimas do voo na Colômbia dedicaram os últimos dois anos a reunir documentos e provas sobre as circunstâncias do acidente. Uma das entidades fundadas após a tragédia, a Associação dos Familiares das Vítimas do Voo da Chapecoense (AFAV-C), ainda prepara ações para buscar reparação judicial.
Continua depois da publicidade
Viúva do fisiologista Cesinha e hoje presidente da AFAV-C, Fabienne Belle diz que a entidade já tem elementos para apontar a cadeia de responsáveis pela queda do avião. Nos últimos dias, a associação providenciou uma ação de protesto de prazo para ganhar tempo e evitar que o caso prescreva na Justiça. Na avaliação da entidade, as responsabilidades envolvem os governos de Bolívia, Colômbia e Brasil.
– Quem regulamenta a aviação civil tem obrigação de olhar pela vida dos passageiros, mas infelizmente negligenciaram esse direito à vida. Os três países que deveriam olhar para isso o negligenciaram – lamenta.
Familiares também apostam agora numa parceria com o clube para receber apoio mais efetivo. Trata-se da Fundação Vidas, um projeto em fase final de elaboração que deve estabelecer um fundo assistencial às famílias voltado à saúde, educação, moradia e alimentação. A sede será em Chapecó e terá diretoria composta por membros do clube e representantes das famílias.
– Os prazos dos processos são muito longos e levam as famílias à necessidade financeira. São dois anos sem renda. Os familiares precisam se manter durante o tempo que durar as ações – diz Fabienne.
Continua depois da publicidade
Leia mais notícias sobre a Chapecoense