Diferente de atletas de outros esportes, o enxadrista atinge seu auge geralmente entre o final dos 20 anos e começo dos 30. É nesta fase de maturidade que os jogadores conquistam seus grandes títulos. Para Kathiê Goulart Librelato, não foi diferente. Aos 27 anos, a catarinense de Criciúma, no Sul de SC, conquistou o Campeonato Brasileiro Feminino de Xadrez, e pela quinta vez, vai estar na equipe olímpica do Brasil.
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Conheça a enxadrista catarinense Kathiê Goulart Librelato
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O torneio, parte do calendário oficial da Confederação Brasileira de Xadrez (CBX), foi disputado em Recife (PE), entre os dias 5 e 10 de dezembro, e reuniu 70 jogadoras. Além de se tornar a campeã brasileira de 2025, Kathiê garantiu vaga na equipe Olímpica Feminina nas Olimpíadas de Xadrez de 2026.
— É uma conquista muito especial. Já havia disputado algumas vezes, fiquei em segundo, terceiro, batia na trave. Conseguir pela primeira vez o título me marcou bastante. Com a vaga para as Olimpíadas do próximo ano, torna ainda mais especial — disse Kathiê Librelato.
Apesar de estar na faixa de idade considerada o ápice de um enxadrista, a catarinense já tem um currículo expressivo. Aos 16 anos, com o título do Campeonato Sul-Americano Sub-20, ela ganhou a titulação de Mestre Internacional Feminina (WIM), algo que somente 12 enxadristas brasileiras conquistaram na história.
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Em 2026, a atleta vai participar da sua quinta Olimpíada de Xadrez. O evento mundial, organizado pela Federação Internacional de Xadrez (FIDE), reúne equipes com os melhores jogadores competindo por seus respectivos países.
— É sempre uma honra participar. Nosso esporte é individual, mas esse é um torneio por equipes, por isso, é uma oportunidade de viver mais esse coletivo. Fico muito feliz. A ideia agora é focar nos treinamentos — afirma Librelato.
Kathiê já integrou a equipe olímpica brasileira nas Olimpíadas de Xadrez de 2016, 2018, 2022 e 2024.
Paixão pelo xadrez virou profissão
O xadrez entrou de vez na vida de Kathiê através de um projeto social com escolas em Içara, no Sul do Estado. Ela conheceu a modalidade dentro das aulas de educação física. Mas foi no projeto, com 13 anos, que se apaixonou de vez pelo esporte.
— Como já conhecia a modalidade, comecei a frequentar as aulas, e gostei. Os resultados surgiram e isso foi me incentivando a continuar me dedicando nos treinamentos. Desde então, não parei mais — conta a atleta.
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Em 2016, veio a virada de chave. Na disputa das Olimpíadas de Xadrez em Baku, no Azerbaijão, seus olhos brilharam e ela nunca mais largou o tabuleiro.
Hoje, além de se dedicar como atleta de alto rendimento, Kathiê atua como professora de xadrez no Xadrezear, um projeto pessoal que oferece aulas individuais online.







