O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) emitiu nota oficial, nesta terça-feira (30), sobre o caso da nadadora Ana Carolina Vieira, expulsa das Olimpíadas de Paris 2024. O Comitê nega que ela tenha sido proibida de entrar em contato com a mãe, pegar água ou arrumar as malas, como ela disse em um vídeo.

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Além disso, o COB afirmou que foi prestada toda assistência à nadadora. Depois de ter sido expulsa e desligada da delegação de natação, Ana Carolina Vieira publicou um vídeo nas redes sociais em que disse que teve que deixar a Vila Olímpica sem poder fazer contato com ninguém.

Quadro de medalhas de Paris 2024

A nadadora ainda disse que não tinha conseguido arrumar as malas direito e que teria sido impedida até de pegar uma água. Na nota, o COB diz que não deixou de prezar pelo respeito, atenção e cuidado com a atleta.

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Veja fotos de Ana Carolina Vieira, atleta expulsa de Paris 2024

Ana Carolina Vieira disse, também no vídeo, que já tinha feito uma denúncia de assédio ao COB e não teria recebido resposta. O COB disse que não vai comentar o caso pois ele não possui nenhuma relação com os Jogos Olímpicos de Paris e que não existem denúncias pendentes de nenhum atleta da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA).

A denúncia de assédio feita pela nadadora foi registrada há três anos, arquivada por falta de evidências e contra um dirigente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA). As informações são da jornalista Mônica Bergano, da Folha.

Na manhã de segunda-feira (29), Ana Carolina Vieira desembarcou no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. Na área de desembarque ela disse que não teve mais acesso a nada desde que deixou a Vila Olímpica, que vai buscar entender o que está acontecendo e que “todos vão saber a verdade”.

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Veja a nota oficial do COB

“Durante o desligamento da nadadora Ana Carolina Vieira da delegação, a atuação do Comitê Olímpico do Brasil (COB) foi pautada, como de costume, pelo respeito, atenção e cuidado à atleta em razão do momento delicado pelo que ela passava.

Ao longo de todo o processo, Ana Carolina Vieira esteve acompanhada da Oficial de Salvaguarda e líder do Esporte Seguro da Missão brasileira em Paris, que lhe prestou apoio. A atleta falou com a mãe, com o psicólogo da delegação, arrumou suas malas e teve acesso irrestrito a alimentação e hidratação antes de se dirigir ao aeroporto.

Eventuais fatos que tenham sido objeto de denúncia por parte da atleta por meio dos canais de atendimento e apoio do COB não têm qualquer relação com o ocorrido nos Jogos Olímpicos de Paris. Portanto, não serão objeto de comentários por parte do Comitê Olímpico do Brasil, principalmente porque tais denúncias são sigilosas e dependem de averiguação da área de Compliance, que age com total autonomia em relação ao executivo do COB.

É possível informar, contudo, que não existem denúncias pendentes referentes a atletas ou membros do corpo técnico da natação vinculados à CBDA.

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O COB reitera que o respeito entre todas as pessoas que atuam em suas Missões é um valor fundamental e norteador das nossas ações. Além disso, o COB acredita que o acolhimento e cuidado com todas as pessoas que integram a Missão, independentemente dos atos praticados e das sanções aplicadas, deve sempre ser assegurado.”

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*Pablo Brito é estagiário sob supervisão de Diogo Maçaneiro

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