Com 74 anos dedicados ao remo, catarinense detém o título de remador em atividade mais antigo do mundo. Odilon Maia Martins, de 96 anos, treina no clube Aldo Luz, em Florianópolis, e tem o esporte como uma parte inseparável da sua vida.

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Segundo informações do ge, o atleta coleciona mais de 20 títulos mundiais no remo master e brinca “se eu fosse um perdedor, já tinha parado”.

Odilon voltou a fazer história no mês de setembro deste ano. Ele competiu, entre os dias 10 e 14, o Campeonato Mundial de Remo Master, disputado em Bayoneta, na Espanha.

O catarinense não apenas participou do mundial, como também conquistou a medalha de prata na categoria acima dos 85 anos. Ele remou ao lado do parceiro Luiz Melo, de 77 anos. Por causa da idade, o atleta não rema mais sozinho, mas divide o barco em duplas ou quartetos.

— Nós treinávamos muito, principalmente a saída. É ali que se ganha vantagem. O resto é manter a distância — explica o atleta.

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De volta a capital catarinense, cidade natal, Odilon mantém a rotina de treinos no seu segundo lar: o Clube Aldo Luz, na Beira-Mar Norte, onde rema quase todos os dias.

— Só não remo no domingo, porque o clube não abre. Durmo cedo, como pouco. Muita comida faz mal. O importante é ter alimentação sadia e dormir no mínimo 10 horas. Isso eu faço todo dia — conta.

No último Mundial, Odilon viveu uma experiência especial, competindo ao lado do neto, Diogo, de 44 anos. Diante da soma das idades dos dois, eles ficaram na categoria acima dos 70 anos.

— Estar numa raia com ele, aos 96 anos, foi algo inexplicável — relatou o neto.

Longevidade no remo

Odilon começou a remar no início dos anos de 1950, quando Florianópolis era uma cidade de pouco mais de 75 mil habitantes, diferente de hoje, que tem mais de 500 mil. Naquela época, o aterro da Baía Sul ainda nem existia, e a ponte Hercílio Luz era o grande cartão-postal da capital.

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Enquanto o Brasil ainda buscava o primeiro título mundial no futebol e a Segunda Guerra tinha terminado há apenas seis anos, Odilon já se dedicava às águas. Segundo o atleta, existe um segredo para a longevidade.

— Não se pode parar, mesmo com certa idade. Eu tô com 96, será que vou até os 100? Eu acho que sim — completa.

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*Eliza Bez Batti é estagiária sob a supervisão de Marcos Jordão