Mesmo afirmando que não vai ao estádio em dia de clássico, o ex-craque de Avaí e Figueirense Albeneir Marques Pereira aceitou o desafio. Neste domingo, dia 28, estará no Scarpelli, acompanhado de um aparelho para medir os batimentos cardíacos. Longe dos gramados há 14 anos, ele alerta: o coração já é de torcedor.
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Para encarar o frequencímetro, Albeneir passou por um teste cardiológico. Foi examinado pelo doutor Walter da Luz, o Juca, que deu o parecer: o ex-jogador está em ótimas condições de aguentar tensões, emoções e surpresas que os clássicos reservam.
Albeneir não faz mistério. No domingo, o coração vai bater mais forte pelo Figueirense, time pelo qual vestiu a camisa por oito anos, com mais de 300 jogos no currículo.
– Tem gente que vai perguntar: cara, mas tu vai ter coragem de secar o Avaí, teu ex-time também? Tenho carinho grande pelo Avaí, mas tenho mais afinidade com o Figueira – explica.
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O ex-jogador não nega que foi centroavante e goleador. Quer a vitória. Mesmo alguém propondo que poderia haver um empate, ele aposta em 1 a 0 para o Figueira.
– Três pontos fazem toda a diferença!
Mas Albeneir tem noção de que clássico é clássico. Aliás, a última vez que assistiu a um no campo foi em 2008, e as lembranças não são as melhores. Foi o jogo que ficou conhecido como “clássico do créu”, com vitória do Avaí por 2 a 0. A cena de Marquinhos Santos dançando o funk até hoje está gravada na memória.
– Eu só fui naquele jogo porque o padre Prim me pediu. Ele me deu a incumbência de levar uma senhora que nunca tinha ido a um estádio e era avaiana! Na volta, tive que ir do Scarpelli até Biguaçu aguentando ela cantar créu!
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Se ele não vai ao estádio em dia de clássico, como assiste à partida? Ele não assiste. Deixa a TV ligada em qualquer canal, mas se escuta algum foguete, liga o radinho imediatamente.
