Depois de nadar por mais de uma hora, ele sobe na bicicleta para pedalar 180 quilômetros e em seguida calçar o par de tênis e correr uma maratona. Jonathan da Silva, natural de Blumenau e radicado no Paraná, foi o vencedor do triatlo extremo entre Siderópolis e Urubici, o Fodaxman, percorrendo os mais de 200 quilômetros em três modalidades e quase 5 mil metros de altimetria. Superar a distância faz parecer que é de ferro ou de adamantium, metal mais resistente e fictício, que compõe o personagem Wolverine. Ele garante que não.
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— Sou um homem normal, como qualquer outro. Talvez um pouco mais disciplinado que outras pessoas, um pouco mais dedicado em alguns fatores. Mas sou ser humano normal — garante.
Normalíssimo. Ele acorda às vezes antes do nascer do sol para trabalhar a partir das 6h30min. Passa a manhã e parte da tarde no Hospital Psiquiátrico San Julian, em Piraquara, na região metropolitana de Curitiba, que cuida de dependentes químicos. Parte do período noturno é dedicado ao atendimento como personal trainer. Jonathan é casado e tem uma filha de 13 anos. Treina quando sobra tempo. E Jonathan faz sobrar.
A natação costuma ser em piscina no intervalo de almoço no hospital. Treina ciclismo ou corrida depois do trabalho, no decorrer da tarde, e à noite, conforme programação dos alunos que atende como personal. Em um dia ele treina no máximo duas modalidades. Aos fins de semana faz treinos de longa duração. Sem muito disponível, tenta aproveitar ao máximo os treinamentos. Dá tudo o que pode em cada um deles, prefere qualidade à quantidade.
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— A forma que você treina é muito mais eficiente que volume de treino. A dedicação é 365 dias no ano, precisa ser. Você abdica um pouco de vida social. A rotina é dormir cedo e acordar cedo, se alimentar bem, se hidratar bem. Os cuidados são o ano todo. E concilio com a família e com o trabalho entre oito e 10 horas por dia — conta o campeão do triatlo extremo entre Siderópolis e Urubici, no último sábado.
